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Jornalista, cronista, diácono na Arquidiocese da Paraíba, integra o IHGP, a Academia Cabedelense de Letras e Artes Litorânea, API e União Brasileira de Escritores-Paraíba, tem vários publicados.

Sob o luar do Sertão    

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publicado em 08/05/2024 às 07h00
atualizado em 07/05/2024 às 15h15
SERGIO SINGER

O poeta e acadêmico Luiz Nunes Alves, durante a festa do aniversário quando completou 90 anos, ocorrido no dia 16 de abril, espalhou luzes. Reunião familiares que contou com a participação de amigos. Teve lançamento de livros, sendo um de poemas de sua autoria e outro que registra fatos de sua trajetória de vida, desde a infância em Água Branca, aos estudos na Capital, aborda a atividade de professor e poeta, até a ascensão aos mais relevantes cargos públicos, culminando como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

O destino me colocou no caminho de Luiz Nunes para dele recolher relevantes lições. Conheci os alicerces que permitiram construir com parcimônia o edifício da Poesia e da Vida. Essa Poesia com raízes da terra esturricada do Sertão ou úmida do Brejo, regiões de onde viemos. A Poesia que traz paz e constrói paisagem amena onde recolhemos os amigos e a família. A Poesia que reconstrói a vida.

A noite da festa foi de Luiz Nunes, povoada de luzes. O abraço relevando a sinceridade, em cada rosto o reflexo dos solares.

Na noite revelou emoções e foram distribuídos dois livros. Sendo um com poemas de Luiz Nunes, ao qual chamou de “Água Branca e outros poemas”, e outro foi o perfil biográfico assinado por mim e pelo conselheiro Arnóbio Viana, denominado de “Luiz Nunes, O desbravador do Sertão ao Mar”. Um bonito tributo ao poeta, historiador e professor.

Luiz Nunes Alves, ou Severino Sertanejo, como assina suas produções literárias, tem uma intensa história que tentamos sintetizar. A vida deste sertanejo de Água Branca tem muitos detalhes que buscamos esmiunçar de maneira que o leitor possa conhecer o poeta. O poeta dos grandes temas da nossa História e da vida do Sertão.

A história está revelada nos detalhes, desde a paisagem do Sertão, onde Luiz Nunes nasceu, destacando os passos deste até chegar aos cargos assumidos na administração federal e do Estado, culminando como conselheiro do TCE, instituição que presidiu por quatro ocasiões, do qual é aposentado.

O livro de poemas “Água Branca e outros poemas”, publicado para marcar seus 90 anos, percebe-se Luiz Nunes como poeta que canta, de forma telúrica, o Sertão de onde veio, sem nunca esquecer de louvar seus encantos e, quando necessário, exalta as belezas do Litoral da Paraíba, com suas bonitas praias. A análise desta obra fica por conta dos estudiosos da literatura, a exemplo do que fez o Hildeberto Barbosa Filho.

Com relação a biografia – Luiz Nunes, o Desbravador do Sertão ao Mar -, como afirma o título da obra, mostra que ele avançou do sertão até o mar, cantando as belezas em versos ritmados.

Nossa intenção, minha e do amigo Arnóbio, foi tão somente a de apresentar o homem preocupado pelas causas da Paraíba e oferecer um prelúdio para cooperar no entendimento da vida literária da Paraíba. Aos estudiosos das letras, das artes e da política, são oferecidas pistas que ajudarão a compreender determinadas fases da vida deste sertanejo.

Reunimos o registro que torna possível conhecer o artista em foco, para observá-lo como em um espelho. Percebemos que em sua trajetória não existe uma molécula que macule a árvore da humanidade.

Luiz Nunes é um poeta que canta a vida do sertão. Luiz Nunes carrega a aragem do Sertão.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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