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'assessoria esportiva'

Pedro critica auxílio para magistrados

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publicado em 16/08/2017 às 10h34
atualizado em 16/08/2017 às 13h26

O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) usou a tribuna da Câmara Federal para criticar o pregão do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região para contratar um serviço de assessoria esportiva para magistrados e seus assessores e defender o corte de privilégios.

“Enquanto estivermos tolerando auxílio personal trainer, não se pode admitir mexermos no trabalhador do campo, no trabalhador rural. Portanto, a reforma do custo da máquina pública é algo que não pode ficar só em discurso de tribuna. Temos uma obrigação com o país”, disse.

Pedro é defensor da reforma da máquina pública antes de qualquer outra reforma. Ele disse que os parlamentares erram ao falar da necessidade da reforma da Previdência e que acabou o dinheiro, enquanto o orçamento da Câmara Federal chega a quase R$ 6 bilhões.

De acordo com o deputado, não cabe o discurso de que democracia custa caro e lembrou que o Parlamento da Espanha custa dez vezes menos.

Para Pedro, não é coerente parlamentares, magistrados e membros do executivo terem tantos privilégios enquanto uma mãe não tem vaga para seu filho em uma creche ou quando um paciente chega ao Hospital do Laureano para tratar de um câncer, e é informado que o limite do SUS chegou ao teto e que ele precisará esperar 15 dias para ser atendido.

“Tem algo muito errado. Ou entendemos isso ou vamos insistir em uma linguagem que a população não escuta mais. Nós não estamos tendo a capacidade de falar com a população brasileira. Ou se percebe isto, que essa é a primeira reforma, ou não vamos sair de uma crise que só afunda o nosso País. Portanto, antes de uma reforma da Previdência, precisamos, por uma questão moral, fazer uma reforma dos privilégios”, defendeu.

Assessoria esportiva

O Tribunal Regional do Trabalho lançou um pregão para contratar uma assessoria esportiva. Essa empresa fica obrigada a disponibilizar uma estrutura adequada, com cobertura, colchonetes e outros acessórios necessários para o bom funcionamento das atividades do clube. Os gastos previstos seriam de R$ 200 mil.

“E aí haverá gente que vai dizer não, mas isso é irrisório no nosso orçamento. É irrisório para você que recebe. Não é irrisório para quem paga. Para quem está bancando isso não é irrisório. Então vamos parar de dizer isso, que é um valor irrisório”, criticou.

MaisPB

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