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Brasileira entra para grupo de “jovens líderes globais”

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publicado em 18/03/2015 ás 15h23
atualizado em 18/03/2015 ás 15h27

Especialista em redução da violência e política de drogas Ilona Szabó de Carvalho se diz animada para um novo desafio. Ela acaba de ser selecionada, junto com mais três brasileiros, para um grupo que, este ano, inclui desde o primeiro cego a trabalhar em Wall Street até a prefeita mais jovem do Japão.

Os quatro brasileiros fazem parte da nova turma de Jovens Líderes Globais (YGL, na sigla em inglês) – profissionais com menos de 40 anos que se destacam em diversas áreas, selecionados pelo Fórum Econômico Mundial.

O advogado especialista em tecnologia Ronaldo Lemos, a chefe do departamento de relações institucionais da Embraer, Mariana Luz, e Leandro Machado, co-fundador de agência que ajuda empresas e ONGs em campanhas de mobilização, se juntarão a Szabó em uma série de eventos ao longo do ano e em uma grande reunião em setembro.

Na definição do Fórum Econômico Mundial, cuja principal reunião é realizada todos os anos em Davos, na Suíça, os escolhidos são “jovens líderes que estão mudando radicalmente suas indústrias, a política e as sociedades”. Entre os que já participam há atletas olímpicos, ganhadores do prêmio Nobel e do Oscar e embaixadores da ONU.

“Para mim é uma vitória conseguir representar a sociedade civil em um tema-chave para toda a sociedade, mas que é pouco discutido nos debates sobre o desenvolvimento econômico. Estou há muito tempo tentando mostrar que se não tivermos segurança, não teremos desenvolvimento”, afirma Szabó de Carvalho, que é fundadora e diretora do Instituto Igarapé, um think tank baseado no Rio de Janeiro.

Este ano, são 187 selecionados de 66 países. Carvalho, Lemos, Luz e Machado se juntam a outros 17 brasileiros selecionados desde 2009 – cada um deles têm um mandato de seis anos, nos quais devem participar de eventos, atividades e linhas de pesquisa do grupo.

“A gente nem sabe que está concorrendo (a uma vaga no YGL), alguém tem que nomear”, diz Ilona à BBC Brasil. Segundo ela, a cineasta brasileira Julia Bacha, que já faz parte do grupo, foi uma das que fizeram campanha por sua indicação.

‘Um chamado’

Ainda na universidade, Ilona se interessou por políticas de segurança pública e drogas. Aos 22 anos, ela deixou o emprego em um banco de investimentos e conseguiu uma bolsa de estudos integral para estudar o tema na Suécia.

“Para mim foi um chamado. Eu andava pelas ruas do Rio, via toda a desigualdade e tinha uma inquietação muito grande com a questão da violência e das crianças que trabalhavam no tráfico de drogas. Isso foi suficiente para buscar algo que pudesse fazer pelo meu país”, conta.

“Meus pais me apoiaram, mas minha avó achava que eu era maluca.”

Terra 

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