Se eu fosse Mário Vargas Llosa,  entrava no jogo da amarelinha de Júlio Cortázar e fazia uma revolução – esse significado dos degraus tem nome e endereço, Dani Fialho. Que mulher! Um fenômeno em cascata.

Quando eu era jovem, já amava Caetano Veloso, o inevitável compositor baiano e sou feliz porque gosto das canções e de mulheres.  De minha predileção ´Elegia´ que Caetano Veloso gravou no álbum ´Cinema Transcendental´, de 1979, música com letra de Péricles Cavalcanti e traduções/adaptações de Augusto de Campos, baseada em um poema de John Donne, fala de amor, do corpo e alma de forma profunda e espiritual. Dani Fialho é uma alegria.

A letra é alguma coisa perto da perfeição. Está lá – “Como encadernação vistosa, feita para iletrados a mulher se enfeita; mas ela é um livro místico e somente a alguns (a que tal graça se consente) É dado lê-la” Dani Fialho e seu modus operandi.

Voltemos a Dani Fialho. Quando inaugurei o podacast ´K Pra Nós´ com ela, é claro, pensei em escrever um texto  focado em sua desenvoltura e perfomance de viver Alguns a que tal graça se consente, é dado lê-la? Dani é uma delas.

Na transcrição das cartografias do desejo, e Freud não tem nada a ver as ondas do mar do Lulu Santos, Dani é a narrativa própria, assim como Madame Bovary de Flaubert  e a Vênus a deusa do amor e da beleza. Dani é imensa…

Parágrafos e frases enooooormes ainda não a definem

Se eu tivesse que criar uma frase para defini-la duraria sete páginas inteiras de um romance e seria justamente um dos mais intensos capítulos desta obra, que ela representa e não se trata de poder, mas ela pode tudo.

DF sabe que a vida é chata, repetida, solidão, casamento, infelicidade, amor, loucura, morte, luto, dentre outros, escambau, mas ela é dura na queda.

Dani é o esplendor dos trópicos:  às vezes lembra Pagu, o amor de Oswald de Andrade, mas só às vezes – ela é  deserto e o universo, em cada torre de Gaudi – Dani se transforma, reconhece que mundo parou, e todas as coisas metafísicas ou tolas reveladas por quem não sabe viajar.

Cada vez que a vejo, cada selfie e o mínimo movimento de sua presença em sina – coisa da ciência, a sempre nova Dani Fialho.

Dani foi gerada em toda alquimia. Quando éramos nós homens atrozes,  ela primordial, transformadora. Nós também, né Dani?

Dani é fatal.

Kapetadas

1 – O século XXI nos dá tudo, menos sentido, menos paciência.

2 –  Está ventando tanto no meu bairro que as árvores estão fazendo alongamento.

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