João Pessoa, 07 de novembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora

Escritor Bruno Gaudêncio lança livro com o pensamento de Umberto Eco e outros, neste sábado na FUNESC

Comentários: 0
publicado em 07/11/2025 ás 09h23
atualizado em 07/11/2025 ás 09h37

Kubitschek Pinheiro

Um bom programa cultural para este sábado, às 17h30, o convite do escritor e historiador paraibano Bruno Gaudêncio, que vai lançar seu novo livro “A pele da minha casa: crônicas e ensaios de um colecionador de livros” na Biblioteca Juarez da Gama Batista do Espaço Cultural em João Pessoa.

Trata-se uma coletânea, o espelho do autor, onde ele se revela, expõe a mobília e os livros num diálogo íntimo com o pensamento de grandes bibliófilos, Alberto Manguel, José Mindlin, Irene Vallejo e Umberto Eco.

Dai surgem signos, registros sensíveis, uma viagem sobre as memórias vinculadas a algumas obras, que compõem a biblioteca do autor.


Publicado pela Editora Papel da Palavra, “A pele da minha casa” foi ilustrado por Samara Romão e conta ainda com textos de Rodrigo Casarin e Hildeberto Barbosa Filho. Durante o evento, a obra será apresentada pelo crítico literário Hildeberto Barbosa Filho e pelo poeta e cronista André Ricardo Aguiar.


A obra foi contemplada pelo Edital Lei Biliu de Campina, da Secretaria de Cultura de Campina Grande, em 2024, o lançamento conta com o apoio Biblioteca Juarez da Gama Batista e da FUNESC. A Biblioteca Juarez da Gama Batista, fica na FUNESC, na Rua Abdias Gomes de Almeida, 800 – Tambauzinho, João Pessoa – PB.

Um pouco do autor


Bruno Gaudêncio é um escritor e historiador campinense, autor de diversos livros, incluindo coletâneas de poemas, ensaios, contos, novelas e roteiros em quadrinhos. Entre seus trabalhos de destaque estão: “A invenção do cavaleiro da esperança”, “Ariano Suassuna em Quadrinhos”, “Da academia ao bar”, “Pedro Américo e o espelho do tempo” e “Campina Grande: uma cidade em quadrinhos”.

Serviço:
Lançamento: “A pele da minha casa: crônicas e ensaios de um colecionador de livros” (Papel da Palavra, 2025, 144 páginas, R$ 50,00).
Local: A Biblioteca Juarez da Gama Batista (FUNESC)
Horário: 17h30

O escritor conversou com o MaisPB e traz novas informações e novidades

MaisPB – Esse novo livro “A pele da minha casa: crônicas e ensaios de um colecionador de livros” invade a intimidade do autor, o recanto dele com seus livros?

Bruno Gaudêncio – Exatamente. O livro além de relatar minha experiência enquanto leitor, traz textos sobre como fui compondo a biblioteca nestes quase trinta anos. Há uma dimensão orgânica com o livro, uma presença forte em quase todos os cômodos da casa. Pensando nisso foi elaborando “ensaios de memória” e crônicas sobre esse universo. 

MaisPB – Como acontece o diálogo com o pensamento de Alberto Manguel, José Mindlin, Irene Vallejo e Umberto Eco? Você conversa com eles, existe o personagem que Bruno criou?

Bruno Gaudêncio – A pele da minha casa dialoga com o que chamamos de “livros sobre livros”. Neles estão incluídos Alberto Manguel, José Mindlin, Irene Vallejo e Umberto Eco, como também Hildeberto Barbosa Filho, Jorge Luis Borges e Afonso Cruz. O livro acabou virando um metalivro, reforçando a ideia de Baudelaire: livros nascem de livros. 

MaisPB – Eu não vi o livro – poderia nos contar sobre as ilustrações de Samara Romão?

Bruno Gaudêncio – Samara Romão foi um achado encantador. Uma ilustradora incrível, desses talentos silenciosos e pouco conhecidos, quase escondidos. Ela deu vida e reinventou minha relação com minha biblioteca através das suas ilustrações. Casou muito bem com a proposta.

MaisPB – Você tem vasta produção literária poderia falar dos HQ – Campina e Ariano ?

Bruno Gaudêncio – Uma das minhas maiores preocupações é levar um bom conteúdo para um público mais amplo. Acabei vendo nos quadrinhos uma boa maneira. De 2015 a 2025 foram 6 livros publicados nesta linguagem. Cinco são biografias, incluindo Ariano, Pedro Américo, Paulo Pontes, Horácio e Euclides (apenas este último não é paraibano) e um HQ dedicado à cidade de Campina Grande, que saiu recentemente pela Tamarindo, editora da Livraria do Luiz. Adoro escrever roteiros em quadrinhos e trabalhar com ilustradores. 

MaisPB – Está nos seus planos escrever um romance?

Bruno Gaudêncio – Fiz duas novelinhas até aqui, “O caderno perdido de René Thiollier”, que saiu através de um projeto da UBE-PB com a prefeitura de João Pessoa; e “Pedro Américo e o espelho do tempo”, um dos ganhadores do Prêmio 200 anos de independência do Brasil. Ambos saíram em 2022. Foram experiências na área de ficção. Mas tenho dois projetos de romances (ficções mais longas). Quem sabe não saem ambas do papel em breve?