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O ministro Alexandre de Moraes determinou, nesta quarta-feira (5), a abertura de dois inquéritos pela Polícia Federal: um para investigar os esquemas de lavagem de dinheiro para facções criminosas no Rio de Janeiro e outro para apurar a infiltração do crime organizado no Poder Público. O anúncio de Moraes foi durante uma audiência pública com entidades que atuam na área de direitos humanos.
Para o ministro, é essencial que o Estado responda como recuperar territórios dominados por organizações criminosas.
A audiência teve como objetivo discutir a operação policial realizada na semana passada no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes. A reunião foi convocada por Moraes no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635.
Autonomia nas perícias dos mortos
No encerramento da audiência, o ministro Alexandre de Moraes reafirmou o compromisso do STF de acompanhar de perto as medidas cabíveis. No entanto, apontou como problema central a falta de autonomia e estrutura da Polícia Técnico-Científica do Rio de Janeiro, destacando que a subordinação à Polícia Civil compromete a independência das investigações.
Rastreio financeiro das organizações criminosas
O ministro reiterou a necessidade de fortalecer o controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, com atuação preventiva e independente. Informou ter requisitado imagens das ações para verificar eventual uso excessivo da força e afirmou que a Polícia Federal seguirá à frente da investigação macro, especialmente no rastreamento financeiro das facções, considerando que o enfraquecimento econômico das milícias e do tráfico é condição essencial para a redução da violência.
MaisPB
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025