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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Comédias da vida Severina

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publicado em 04/10/2025 ás 07h00
atualizado em 03/10/2025 ás 23h55

Nossa Senhora do Bom Parto, fazei-me ir além do lastro, da flor de lácio, me dê olhares esguios, os versos de Bocage, os ventos que vem do mar da Tambaba.

Nossa Senhora dos Milagres, fazei-me com que eu seja mais veloz que Galileu e eu não esteja redondamente enganado, o mundo acabou faz tempo.

Nossa Senhora do Ó, afasta de mim gente ruim e tapa meus ouvidos para não ouvir tolices e, consequentemente topar com idiotas

Senhora das Nuvens de Chumbo faz com que eu volte ao racho fundo, bem pra lá do fim do mundo e me dê vergonha na cara e ferraduras duras para coices necessários.

Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, me socorrei do mal, dos grandes temores e traz de volta a mulher de 30 descontraída, véu, vestido sapatos, orelhas e bocas e vias áereas

Nossa Senhora Desatadora dos Nós, se não ata, desata toda forma de visagem do oco, o tosco, o encantado e até o lado B do pecado.

Nossa senhora do Desterro, desenterra o gerúndio e continua gerando fundos, peitos e nádegas empinadas

Nossa Senhora da Conceição, Bonito de Santa Fé, Caixa Prego, Monte Horebe, o fim do mundo.

Nossa dos Prazeres, mais prazeres.

Nossa  Senhora da Guia, me guia, me guia, me guia e me esguia

Nossa Senhora dos Navegantes, me dá cartas marítimas

Nossa Senhora da Agonia, ou Senhora das Angústias perdoa aquele pobre coitado,  que nem a lixívia ajuda.

Nossa Denhora das Graças lhe dou graças por ter me apresentado Graça Aranha. Ele, nunca ela. Eça é esse.

Nossa Senhora da Boa Morte, até amanhã.

Kapetadas

1 – A fome é a única religião que nunca perde fiéis.

2 –  O perigo não é um robô ter sentimentos; é ele saber quais são os seus

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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