João Pessoa, 21 de setembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Neste domingo, 21 de setembro de 2025, o Brasil ergueu a voz contra a tentativa de calar nossa democracia. De Norte a Sul, cidades inteiras tomaram as ruas em protesto, lembrando que nenhuma Lei pode ser feita para proteger culpados ou apagar crimes. A chamada PEC da Blindagem — que muitos já chamam de PEC da mordaça — encontrou, neste dia, a resposta mais legítima: grito do povo.
No Rio de Janeiro, a praia de Copacabana foi palco de um encontro histórico. No trio elétrico, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque — quatro nomes que atravessaram gerações — deram corpo e alma à indignação coletiva. Suas vozes, que já cantaram contra ditaduras e censuras, se uniram novamente, provando que a arte continua sendo trincheira de resistência.
Mas Copacabana foi apenas um retrato. O filme real se espalhou por todo o país: São Paulo, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Belém, João Pessoa e tantas outras cidades ressoaram o mesmo grito — sem anistia, sem blindagem. Onde havia praça, havia canto. Onde havia gente, havia coragem.
Essa geração de artistas, que nunca se acovardou diante do poder, hoje se mistura ao povo para dizer: o Brasil não aceita ser silenciado. A democracia não se dobra, a justiça não se cala. A mordaça da PEC encontra resistência na canção, no cartaz, na palma da mão erguida.
E se amanhã perguntarem onde estávamos, a resposta será simples: estávamos nas ruas, nas praias, nas praças, cantando o Brasil que não desiste de si mesmo.
A democracia não se cala. A justiça não se dobra. O Brasil é nosso, dos brasileiros.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
CRISE NO PSB - 19/09/2025