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Criada há 16 anos, a Cooperativa da Construção Civil da Paraíba (Coopcon-PB) consolidou-se como um braço estratégico do setor, garantindo insumos de alta qualidade, condições de pagamento diferenciadas e atenção ao meio ambiente. O presidente da entidade, Eduardo Porto, destacou que o objetivo sempre foi assegurar aos 67 cooperados acesso a preços exclusivos e competitivos, possibilitando que suas empresas disputem espaço no mercado com vantagem.
A escalada no preço do aço, um dos principais insumos da construção civil, impulsionada por movimentos no mercado internacional e agravada pelo tarifaço do presidente Donald Trump nos Estados Unidos, forçou a cooperativa a adotar medidas ousadas. Há três anos, o valor do quilo do aço saltou de R$ 3,50 para R$ 11, inviabilizando orçamentos e pressionando obras. “Não tivemos outra alternativa senão importar”, relembrou Eduardo, durante entrevista exclusiva ao jornalista Cândido Nóbrega.
Outros reflexos positivos
A ação reuniu cooperativas da Paraíba, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e Maranhão, resultando na importação de aço da Turquia. O movimento, além de garantir o abastecimento, pressionou fabricantes nacionais como Gerdau e CSN a reduzir preços, que atualmente giram em torno de R$ 5,00 o quilo. Embora Eduardo Porto evite atribuir todo o mérito à iniciativa, o resultado foi sentido em todo o setor.
Segundo o dirigente, as recentes tarifas sobre o aço aplicadas pelos Estados Unidos não afetam diretamente a construção civil brasileira, pois se referem a ligas voltadas à indústria automobilística e moveleira. “Isso pode até gerar um excedente no mercado interno, levando fabricantes a converter parte desse aço para uso na construção, o que traria reflexos positivos, desde que sem prejudicar o equilíbrio da cadeia produtiva”, afirmou.
Fortalecimento da economia e geração de emprego e renda
Atualmente, os 67 cooperados da Coopcon-PB tocam cerca de 150 a 160 obras simultaneamente, fortalecendo a economia e gerando empregos. Para Porto, iniciativas como a importação da Turquia mostram que o cooperativismo é capaz de proteger empresas e impulsionar a competitividade, mesmo diante de turbulências internacionais. “A gente torce não só pelo nosso cooperado, mas por toda a cadeia produtiva”, finalizou.
DISPUTA - 17/09/2025