João Pessoa, 01 de setembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
hora h na tv norte-pb

Ruy vê ‘empobrecimento’ no debate e avalia relação política com Cícero: ‘Incompatível’

Comentários: 0
publicado em 01/09/2025 ás 21h53
atualizado em 01/09/2025 ás 21h54
Hora H na TV Norte Paraíba; Foto: Fernanda Dantas

O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) avaliou, em entrevista ao Programa Hora H, na TV Norte Paraíba, nesta segunda-feira (1°), sua relação política com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), classificando-a como “incompatível”. Questionado sobre o possível ingresso de Cícero na oposição e se o apoiaria para o Governo do Estado, Ruy indagou que “seria muito díficil”.

“A convivência [com Cícero] hoje politicamente é incompatível, praticamente nula. Muito difícil. Mesmo ele sendo candidato pela oposição, com apoio de Veneziano, ainda assim seria muito difícil”, afirmou.

O parlamentar também criticou o “empobrecimento” das discussões na pré-campanha de 2026 ao Governo do Estado. Para ele, os candidatos estão focados nas confraternizações e quem está em qual grupo. Por isso, ignoram os problemas do povo.

“O empobrecimento do debate de uma eleição de governador que é o principal cargo no Estado. O [debate] está mais do que vazio. Você querendo o apoio do cão para derrotar o diabo. Nós temos na Paraíba índices gravíssimos de violência, temos o crime organizado avançando e eu não vejo os candidatos tratando disso. Questão de saúde, de educação, de segurança pública. A maior preocupação é com as confraternizações, com as festas, com as fotos, com as imagens do que com o conteúdo”, afirmou.

Segundo Ruy, sua prioridade de apoio está em nomes como Pedro Cunha Lima, Efraim Filho e Romero Rodrigues. Ele destacou, no entanto, que neste momento acompanha os movimentos do cenário político.

“Estou na arquibancada assistindo. Aguardando quem chuta primeiro e para onde. Qualquer decisão, dependendo dos acontecimentos, será pública e justificada”, disse.

Em entrevista ao jornalista Heron Cid, o parlamentar dissertou sobre a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro, a teatralização no Congresso, a necessidade de regulação das redes sociais e fraudes envolvendo apostas esportivas.

“Às vezes um deputado, para quê ele vai se interessar em estudar um projeto ou uma relatoria, se fazendo um vídeo criticando um lado ou outro ele tem milhares de visualizações e curtidas? Eu vejo colegas admitirem que fazem isso porque está agradando o público. É como num jogo Vasco e Flamengo: se você provoca o rival, a sua torcida gosta. Tem muita gente vivendo disso”, relatou.

Veja a entrevista na íntegra: 

MaisPB