João Pessoa, 19 de julho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
(Rio de Janeiro) Quem ama o Rio mais que eu, espelho, espelho teu, existe um lugar para se amar tanto assim? Eu Rio, riu muito só de andar nas ruas de Copacabana, lembrando das Camélias do Leblon.
Quem acorda de madrugada para caminhar e estremece no amanhecer do Rio de Janeiro, amor por si mesmo ao lembrar que aqui sou amigo do Cristo Redentor. Amo como quem chora no cinema.
Quem segura sem medo a lagartixa do Bandeira, tira foto agarrado com Drummond, que ainda faz com os dedos uma carícia; quem ainda fica besta ao ver as orquídeas penduradas nas árvores, sou eu. Essa cidade sou eu.
Quem ri das próprias bobagens e procura na cidade maravilhosa um novo amor, uma dona rica que me prendesse em seu apê, escravo de Jó jogando caxangá com a escrava do K.
Rio que nunca dorme, nunca passa, nunca passou, está sempre na avenida e eu, e eu, e eu sem ela? Na Gávea, no Arpoador, procurando Clarice que me abandonou.
Felicidade eterna. Um dia pensei só não é feliz em Paris, quem não quer. No Rio também? Essa felicidade de manhã cedinho, que oscila, que me anima, rima, me excita a fazer mágica.
Cadê minha noivA tão delicada num transe diante dos meus olhos transatlânticos que me decifra e devora, explosão do hieróglifo da existência, da insistência, quem não se acanha de achar tudo bonito, divino e maravilhoso como as nuvens que correm.
Rio enigmático
Rio amoroso
Rio de água salgada, mas que nada. O que nos faz amar mais uma cidade?
Kapetadas
1 – O acordo é o seguinte: ninguém é obrigado a concordar com ninguém.
2 – Não discuta com o destino. Ele pode nem ser o seu.
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Wolney Queiroz - 16/07/2025