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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Brasil confuso ou com fuso

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publicado em 13/07/2025 ás 18h53

Era uma vez um brasileiro muito animado chamado Zé Reinado. Zé estava recebendo sua prima manauara Jessica em Rio Branco, no Acre, e estava super empolgado porque ela arrumou uma entrevista de emprego por videoconferência com uma empresa de São Paulo.

Contatos feitos!

Zé leu o e-mail com atenção:

“Entrevista marcada para terça-feira, às 15h.”

“Beleza!”, pensou ele. “Às três da tarde, vou estar tinindo!”

Na terça-feira, Zé acordou cedo, tomou um super banho, secou seu cabelo espalhando um fixador aerossol nele, colocou a melhor camisa social (por cima do short da academia, claro), preparou um cafezinho e ligou o computador uma hora antes, pra garantir.

Mas… nada. A tela só mostrava:

Aguardando o anfitrião iniciar a reunião…

Passaram-se 15 minutos. Depois 30. Uma hora.

Zé começou a desconfiar que a empresa fosse meio desorganizada. “Se nem pra abrir uma sala no Zoom eles prestam, imagina pagar salário”, resmungou.

Foi aí que sua prima mais velha, que tinha saído para um rolê turístico na cidade, moradora de Manaus e muito viajada, ligou e disse:

— Zé, cê tá ligado que aí no Acre é duas horas a menos que em São Paulo, né?

Zé congelou.

— COMO ASSIM, JÉSSICA?!

Ela explicou:

— É que o Brasil é tão grande que tem quatro fusos horários, primo. Em São Paulo já são três da tarde. A entrevista foi às 15h do horário deles, ou seja, 13h pra ti. Cê perdeu, Zé!

Zé sentou no sofá, olhando pro nada, sentindo que o tempo realmente tinha passado por ele — literalmente.

No dia seguinte, tentou ligar pra empresa, mas ninguém atendeu. Aparentemente, ele tinha conseguido um feito histórico: foi o primeiro candidato a faltar por confusão interfuso-horária.

E a moral da história?

No Brasil, quem dorme no ponto pode até perder a hora, mas quem ignora os fusos… perde emprego!

Zé, hoje, sem arrependimentos, gosta muitodessa história de fuso e acha que certos lugares da Costa Nordestina devem seguir o horário de Noronha, não de Brasília, o que você acha? 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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