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Assessor paraibano disseminou fake news e propagou ódio em grupos de WhatsApp

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publicado em 09/02/2024 às 17h24
atualizado em 09/02/2024 às 14h27

O assessor paraibano do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Tércio Arnauld, criou grupos de apoiadores para disseminar fake news, criticando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e até fotos da atual primeira-dama Janja da Silva. A criação e o compartilhamento de notícias falsas ocorreu durante o primeiro e segundo turno das Eleições 2022.

O paraibano publicava links de matérias falsas em relação ao presidente Lula, na época candidato à Presidência. Em uma das oportunidades, publicou uma fake news de que o tráfico estampou a imagem do petista em papelotes de crack. O caso ocorreu logo após o candidato surgir no Complexo do Alemão com o boné ‘CPX’.

Essa movimentação era realizada através de grupos do WhatsApp, criados pelo próprio assessor bolsonarista. No nome do grupo, havia a indicação de que seria excluído: “GRUPO SERÁ APAGADO8”, com o número oito indicando ser a oitava criação para disseminar fake news.

Foto: Reprodução/Estadão

Os grupos de WhatsApp foram criados em 2022, segundo Arnaud, “para ajudar na reeleição do presidente” e seriam usados “tipo uma lista de transmissão”. Eram pelo menos nove grupos e reuniam centenas de apoiadores de Bolsonaro. Entre 9 e 30 de outubro daquele ano, o ex-assessor disparou mensagens que tinham o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como alvo principal de informações falsas e exageradas.

“Em Lula 2 (2007-2010), centenas de bilhões de reais desviados das estatais e do povo brasileiro para enriquecer a si; mais de 300 condenações e financiar ditaduras na América Latina (Petrolão/Lava Jato)”, dizia uma das mensagens falsas disparadas por Arnaud.

Nesta quinta-feira (8), Tercio foi alvo de buscas na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal. Ao autorizar a ação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que o ex-assessor, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o tenente-coronel Mauro Cid, por exemplo, integravam o “núcleo de desinformação e ataques ao Sistema Eleitoral”.

MaisPB com Estadão

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