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Atirador que matou 4 em escola pode ter filmado ataque

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publicado em 20/03/2012 às 09h00

Um dia depois de um homem em uma scooter matar quatro pessoas em uma escola judaica de Toulouse, na França, testemunhas revelaram que o atirador levava uma pequena câmera em seu capacete. Policiais investigam se o vídeo foi disseminado na internet. Enquanto isso, a França prepara uma das maiores caçadas humanas de sua História. Cerca de 200 homens vieram de Paris para Toulouse, e todas as escolas e prédios religiosos na região dos Pirineus estão sendo vigiados por policiais.

Segundo a imprensa francesa, a câmera usada pelo atirador de Toulouse seria de um modelo popular no país, custaria cerca de 200 euros e seria comum entre paraquedistas. A polícia francesa trabalha com duas hipóteses principais: um crime ligado ou ao Islamismo ou à extrema-direita. O ministro do Interior, Claude Guéant, disse que os investigadores acreditam que os responsáveis pelos três últimos atentados na região dos Pirineus — o ataque à escola judaica na segunda-feira e a morte de três policiais de origens árabe e carbenha — seriam ex-militares expulsos das Forças Armadas com opiniões ultradireitistas. Os homens teriam deixado a corporação em 2008 e seriam da unidade de paraquedistas de Mountauban.

Paris aumenta cerco em Toulouse

Logo após o atentado que deixou três crianças e um homem morto, na segunda-feira, autoridades francesas acionaram o alerta máximo para terrorismo na região de Toulouse. O “sinal vermelho” permite que autoridades implementem medidas de segurança mais duras, incluindo patrulhas de policiais e militares, supendam o transporte público e fechem escolas.

Uma equipe de 200 investigadores foram de Paris a Toulouse para ajudar no caso, e guardas estão sendo posicionados em frente a todas escolas e prédios islâmicos e judeus da região. A scooter usada pelo atiradora — um modelo preto da marca Yamaha — foi roubada cinco dias antes do atentado na cidade. Segundo fontes policiais, o número da placa do veículo foi encontrada nas imagens do circuito de segurança da escola.

Na segunda-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, confirmou que a mesma arma foi usada na escola e em outros dois atentados envolvendo policiais de origem estrangeiras também nos Pirineus. O governante chamou o episódio de “abominável”.

Na manhã de ontem, um homem abriu fogo em frente ao colégio judaico Ozar Hatora, matando o professor de religião Jonathan Sandler, de 29 anos, um rabino israelense que havia se mudado recentemente para a França e que dava aulas no colégio, segundo o jornal israelense “Yediot Ahronot”.

Ele foi assassinado junto com os filhos Gabriel, de 3 anos, e Arie, de 6 anos. A quarta vítima seria a filha do diretor da escola, com idade entre 8 e 10 anos, disse à TV israelense Rahamin Sabag, rabino que trabalha no local. O atirador teria entrado na escola e continuado a disparar. Um adolescente de 17 anos também estaria gravemente ferido.

— O atirador disparou contra tudo que estava à sua frente, crianças e adultos — disse o procurador francês Michel Valet. — Ele perseguiu as crianças até a escola.

O Globo
 

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