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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Um assunto muito sério

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publicado em 26/08/2023 às 07h00
atualizado em 26/08/2023 às 05h44

 

Decerto, como dizia Drummond, eu só posso estar sonhando. Ainda há quem tenha esperança, mas não sabe que ela morreu na cruz com Jesus. Eu só queria ter tempo para chegar mais perto de uma pessoa e não precisar dizer: “tenha esperança”

Com os olhos vindos de tantos sítios, misturando os detalhes, os delírios meus, o cuidado com as amizades, mas, de repente, um rapaz sai da sua poltrona e não sacode as caspas, só porque eu disse ele é um “crebocio” (neologismo criado por Dr. Pat Roberto nos anos 40 – que reunia num só vocábulo – cretino, idiota e imbecil)  O tempo voa.

Não digo mais (já disse) eu juro, Beltrano  é um parvo.

Às vezes sensações alucinadas pelo brilho da retina nos levam ao encontro das mil e uma noites. Faz tempo. Uma mulher linda disse que eu sou bonito e louco, mas a linguagem e os gestos meus dizem que eu sou careta e agora mais do que nunca, numa vibe interrompida, meu bem, meu mau, mas eu chego lá.

Pelo amor de Deus não me façam perguntas aleatórias. Nada contra mas (tudo contra)

Dou-te um exemplo da zombaria. A gata borralheira anda numa corda bamba, mas mantém a pinta, quase esfomeada por atenção, mas não  segura a onda, vive  apreciando a beleza alheia e  quando cola, o nome dela é super & bonder. Estive numa loja de tecidos e uma mocinha magra, chamava uma senhora de Ireninha. Eu pensei – será que eu estou ouvindo isso? Será que a Irene do Caetano daria uma gaitada? Sei não, tá craude brô.

Sobre uma coisa outra, uma senhora idosa na calçada do Jobi, no Rio de Janeiro, (bem vestida) me ofereceu canetas a 5, 15 e 20 reais. Eu disse que não queria, mas ela insistiu com a ladainha de Santa Teresa. Comprei a de 5 reais. Meia hora depois ela voltou e me ofereceu de novo, mas não estava acompanhada o Dr.Alzairmer?

Como eu gosto de aprender.

Nunca mais vi aquela criatura peregrina  que odeia festa ao ar livre, porque a sua voz é a mesma, já os seus cabelos, derretem e ela fica uma arara. Tadinha.

Na verdade, eu quero defender-me dos dias tediosos, com as edições dos livros de bolso que li quando era jovem. Meu pai me deu de presente “O Crime do Padre Amaro”. Esse ou Eça? Deixa pra lá.

Simbora que a semelhança das coisas não me interessam, as posses bestiais, os prints e nudes enviados e espalhados, mas a vida passa cada vez mais rápido, o que explica tantos ultrapassados ao redor.

Kapetadas

1- Mano eu curto sim, curto muitas fotos só por curtir mesmo, parabéns essa sua foto aí tá muito top! Toma meu like 

2 – Eu fico boquiaberto com a centena de interpretações possíveis que as pessoas dão a uma curtida. Paranoia mano, doença geral.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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