João Pessoa, 14 de agosto de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora

É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Ai Que Saudade da VARIG

Comentários: 0
publicado em 14/08/2022 às 09h51
atualizado em 15/08/2022 às 04h40

“A terra é azul!”. Exclamou Iuri Gagarin, cosmonauta russo e primeiro ser humano a ir ao espaço, em 12 de abril de 1961. Desde então, chamamos a Terra de Planeta Azul. Azul está associado à harmonia e ao equilíbrio, pois do ponto de vista psicológico fica longe do vermelho, que remete à paixão e aos sentimentos mais radicais. Não à toa, o azul é uma das cores associadas à paz. É a cor mais apreciada do mundo.

Tem um lado sombrio dessa cor que não falamos muito, pois também está associada à frieza, monotonia e depressão. Azulamos na tristeza, no medo e no frio. Talvez a Companhia Azul linhas aéreas esteja passando pelo seu lado mais sombrio. Eram comuns nessa semana de agosto do desgosto, protestos contra o fato de que a linha aérea não sabia comunicar nada desde Viracopos até suas conexões.

Para se ter uma ideia, nos voos atrasados que mereciam pernoite, mandam clientes dormir por duas horas apenas, em “Sorocaba”, sim isso mesmo, fomos guiados por exaustivos quilômetros de Campinas a Sorocaba. O terror dos atrasos começou em Porto Alegre, onde transformou-se em Aeroporto Triste! Mesmo o piloto acelerando a aeronave e chegando a poucos minutos da conexão, eles preferem nos deixar para outro dia.

A novela mexicana era sem tradução, pois cada funcionário dizia uma coisa, uma verdadeira Torre de Babel Azul. No outro dia sem jantar, sem café da manhã, aportamos em Recife pela manhã onde mais uma novidade aguardava os atores, as malas não chegaram e a nova conexão era no meio da tarde. Não sabemos ao certo classificar o estilo da trama da Cia aérea, uns pensavam em terror, outros, comédia, outros estavam emudecidos de passarem 26 horas viajando dentro do seu país.

No saguão, as reclamações pululavam. Era gente de SP que perdeu conexão para Maceió e outras capitais, vans contratadas saíam de instante a instante para múltiplos destinos. Toda reclamação era em grupos. Tragédia que nunca esqueceremos! Esqueci de dizer que azulamos na morte, acho que é esse sentimento que cravou e ficou dessa companhia e seu horror desconexo!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Leia Também