João Pessoa, 06 de julho de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A inflação oficial subiu em ritmo menor pelo segundo mês seguido, atingiu 0,08% em junho e chegou ao menor nível mensal desde agosto de 2010. A queda do preço dos carros novos, motivada pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), puxou a desaceleração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (6).
Os custos com transporte recuaram 1,18% em junho, e o item automóveis novos puxou essa redução. Com o IPI menor desde o fim de maio, os preços recuaram 5,48%, em média. Como reflexo dessa redução, os automóveis usados também ficaram mais em conta — 4,12%, em média —, o que também ajudou a puxar a inflação para baixo.
Os combustíveis também ficaram mais baratos, com o etanol 1,24% mais em conta para o consumidor e a gasolina 0,41% mais barata. As motos (com queda de 0,42% no preço), as peças para carros e o seguro voluntário para automóveis também ficaram mais leves no bolso do brasileiro em junho.
Por outro lado, quem anda de transporte público sentiu um peso maior no bolso em junho. As tarifas dos ônibus urbanos subiram, em média, 0,87% e a principal razão foi o reajuste de 12% do preço da passagem em Salvador no início de junho, e de 8% em Goiânia em 20 de maio.
As passagens de ônibus que vão de uma cidade à outra também estão mais caras — 0,97% em média. As tarifas aéreas, que tinham registrado queda expressiva de mais de 10% em maio, subiram levemente no mês que antecede as férias escolares. No grupo habitação, vale destacar a leve queda nos preços da energia elétrica e dos eletrodomésticos.
No caso da alimentação, todos os itens pesquisados tiveram aumentos, com destaque para a batata, que está 17% mais cara, e para o tomate, que teve alta de 11%. Os feijões, que haviam subido quase 10% em maio, aliviaram o bolso do brasileiro e tiveram queda de 1,63% em junho.
Com o resultado oficial de junho, o IPCA acumula 4,92% nos últimos 12 meses, o mais baixo desde setembro de 2010, quando marcou 4,70%. Este é o número que vai efetivamente interessar no final do ano, já que o governo brasileiro trabalha com uma meta de 4,5% para a inflação, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que pode chegar a 2,5% ou avançar a 6,5% — nível em que fechou no final do ano passado.
R7
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