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A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) divulgou, nesta semana, o prognóstico climático para o primeiro trimestre de 2026, indicando que as chuvas no estado devem ocorrer de normal a abaixo da média, com alta variabilidade espacial e temporal, especialmente nas regiões do semiárido paraibano.
De acordo com o boletim, que analisa o período de janeiro a março de 2026, as áreas do Alto Sertão, Sertão, Cariri e Curimataú, que concentram historicamente os maiores volumes de chuva neste trimestre, poderão registrar precipitações irregulares, influenciadas principalmente pelas condições oceânicas e atmosféricas globais.
O relatório aponta a persistência de condições associadas ao fenômeno La Niña, com temperaturas da superfície do mar abaixo da média no Pacífico Equatorial. Embora haja tendência de enfraquecimento do fenômeno ao longo do verão no Hemisfério Sul, os efeitos ainda impactam a circulação atmosférica.
Previsão mês a mês
– Janeiro de 2026: o mês deve apresentar grande variabilidade, com possibilidade de chuvas localmente intensas, associadas à atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN). A tendência geral é de chuvas entre normal e abaixo da média.
– Fevereiro de 2026: marca o início da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema indutor de chuvas no semiárido. Ainda assim, a previsão indica irregularidade na distribuição das chuvas.
– Março de 2026: considerado climatologicamente o mês mais chuvoso para o interior do estado, deverá registrar chuvas próximas da normalidade, porém com elevada variação no tempo e no espaço.
Situação nas demais regiões
Para as regiões do Litoral, Brejo e Agreste, que têm o período mais chuvoso concentrado entre abril e julho, a AESA aponta que os volumes acumulados no trimestre devem ficar em torno da média histórica, mesmo fora do pico da quadra chuvosa.
MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/12/2025