João Pessoa, 24 de julho de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O deputado estadual Frei Anastácio (PT), durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça (24), julgou o empréstimo de R$ 150 milhões que o Governo quer contrair para a Cagepa, "é mais uma dívida para a empresa". Na ótica do parlamentar, existe outra forma de resolver a questão, sem precisar recorrer a empréstimos: “A empresa possui uma dívida de consumidores a ser recebida que chega a R$ 200 milhões. Não faz sentido a Cagepa se endividar em 150 milhões de reais, e com juros altíssimos, se tem tanto dinheiro para receber”.
O parlamentar lembrou que o próprio presidente da Cagepa já declarou que arrecada R$ 36 milhões por mês, mas tem uma dívida mensal de R$ 42 milhões. “São seis milhões de reais de déficit todo mês. Só se fala em conseguir dinheiro através do empréstimo, mas não há nada planejado para cortar gastos, para cobrar o que a empresa tem a receber. Por que tanta insistência nesse empréstimo? Acho que o governo do estado tem que chamar a responsabilidade para si e sanear a Cagepa com recursos próprios”, declarou o deputado.
Para Frei Anastácio, o último relatório de gestão fiscal do Estado mostra que o Governo está com as contas equilibradas e tem dinheiro em caixa. “O que esse governo tem que fazer é encontrar formas de arrecadar o que a empresa tem para receber. Tem que elaborar plano de trabalho e metas a serem atingidas por essa empresa que está cheia de marajás. É verdade que não são todos os funcionários que são marajás. O próprio sindicato já se manifestou em relação a isso. Mas, o que estou questionando aqui é que a Cagepa e o governo do estado não convencem quem tem bom senso, com essa história de empréstimo para pagar empréstimo”, disse o deputado.
Mais adiante, o parlamentar afirmou que só em 2010 o déficit da Cagepa foi de quase R$ 52 milhões. "O que foi feito para que essa divida aumentasse? É Por isso que defendo a instalação da CPI para apurar tudo que envolve essa empresa. Os governos agem sempre assim: tomam empréstimo para sanar os problemas e esses problemas são apenas transferidos para frente. E se esta casa aprovar esse empréstimo que está aí não vai ser diferente. O problema estará sendo apenas empurrado para frente. O que a Cagepa precisa é de um programa de gestão que faça uma reestruturação na forma de trabalho.Um planejamento que tire essa empresa da mesmice e da confiança de que quando está no vermelho vem um empréstimo para ajudar”, frisou.
Redação
co assessoria
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