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Apito criado por paraibano pode substituir ‘vuvuzela’ na Copa de 2014

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publicado em 03/08/2012 ás 16h32

Um som de origem indígena, reproduzido em um projeto criado por um empresário paraibano, totalmente apoiado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), está cotado para ser o apito oficial da Copa do Mundo de Futebol 2014, substituindo o barulho ensurdecedor das ‘vuvuzelas’, que ecoaram nos estádios da África do Sul, no mundial de 2010. O Pedhuá, instrumento que imita sons de pássaros, pode, a qualquer momento, ser aprovado como o som oficial da próxima Copa. A perspectiva é que até a próxima semana o resultado do edital aberto pelo Ministério dos Esportes seja publicado.

Cauteloso, Alcedo Medeiros, inventor do Pedhuá, espera pela comunicação oficial, mas já reconhece o empenho da Universidade Estadual da Paraíba no sucesso do projeto. Empresário e graduado em Educação Física pela UEPB, Alcedo acredita que o projeto vai deslanchar nacionalmente com o apoio da Universidade e divulgar a Paraíba até mesmo em nível internacional.

A UEPB foi a única instituição do Estado a apoiar o projeto. Alcedo observou que o apoio da Instituição, inclusive com aporte financeiro, foi fundamental para a fabricação e divulgação do apito. “A professora Marlene Alves foi muito sensível e deu total apoio ao projeto”, reconheceu.

Conforme contou Alcedo, a UEPB também disponibilizou recursos humanos que levaram o apito, genuinamente paraibano, a ficar cotadíssimo para ser o som do mundial. A edição da apresentação em vídeo do Pedhuá foi feita pelo artista gráfico Galdino Otten, que trabalha na Coordenadoria de Comunicação da Instituição. Galdino, que também é cartunista e designer de fontes, foi também o responsável pela criação da personagem indígena que conta a história do instrumento, na apresentação. Além disso, alunos do Curso de Comunicação Social da UEPB estão estagiando no projeto.

Alcedo sonha em ouvir o barulho do Pedhuá ecoando nos estádios brasileiros. Caso o Pedhuá seja aprovado como apito oficial da Copa, um grande evento vai acontecer, em Brasília, marcando o lançamento do projeto. Uma vez aprovado, devem ser produzidos 50 milhões de unidades do apito que levará os brasileiros a empurrar a Seleção Brasileira rumo à conquista do tão sonhado hexacampeonato brasileiro.

O Pedhuá é um apito artesanal, de madeira tupi-guarani, que serve para atrair pássaros, mas que na versão para a Copa será de resina plástica, ergonômico e produzido em escala mundial. A ideia de criar o apito surgiu em um workshop do programa 14bis, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, onde se questionou qual deveria ser o som da Copa do Mundo de 2014.

Assistindo ao jogo do Santos e Peñarol, o idealizador do Pedhuá viu que o presidente do clube santista distribuiu 20 mil apitos comuns pra torcida. Logo, Alcedo lembrou do apito que imita aves, que o seu avô confeccionava. “Fui na feira e disse: ‘vai ser esse o som da copa’”, contou, acrescentando que, posteriormente, descobriu que o apito era o precursor do apito do samba e isso só o incentivou ainda mais a levar o projeto à frente.

O Pedhuá tem ritmo e com ele é possível fazer uma melodia bem típica do Brasil tropical. Para evitar transtornos, o produto foi feito em tamanho pequeno e com som suave. Se o usuário soprar com força, o apito trava e o som não é emitido. A intenção é levar o samba, ritmo tipicamente brasileiro, para os estádios de futebol sem precisar ter instrumentos maiores.

Redação

com assessoria
 

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