João Pessoa, 12 de agosto de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Com o desafio de levar a Seleção Brasileira ao primeiro ouro olímpico, Mano Menezes fez escolhas e apostas que ao longo da trajetória em Londres mostraram-se certas ou erradas e ajudam a explicar a prata entregue no sábado após derrota para o México por 2 a 1. O treinador viu saldo positivo no trabalho, mas há problemas a serem solucionados.
Mesmo contra seleções sem história de peso no futebol, o Brasil sofreu em alguns momentos e deixou evidente de que nem tudo estava perfeito apesar das vitórias. No final, a prata deixa um gosto amargo para uma Seleção valorizada e apontada como grande favorita ao título. Veja balanço:
Positivo – Construção de base para 2014: A prata ainda não foi digerida, mas a caminhada em Londres deu experiência a uma base que deve jogar a Copa do Mundo de 2014. A Seleção principal será em seus nomes muito parecida com a que disputou a Olimpíada.
Thiago Silva capitão: Escolhido por Mano Menezes para a função, passou segurança aos jogadores mais novos e atuou como um líder natural. Deve liderar esta geração em busca de aprimoramento para a Copa do Mundo de 2014.
Oscar camisa 10: Apesar de uma final apagada, Oscar esteve bem nos jogos anteriores e em nenhum momento deu motivo para que Ganso recebesse uma chance. Aposta que Mano continuará fazendo na Seleção principal.
Negativo – Reforço no ataque: Mesmo tendo grande número de jogadores ofensivos à disposição, Mano escolheu Hulk como um dos três jogadores acima dos 23 anos. O jogador terminou no banco de reservas. Por outro lado, na defesa o Brasil sofria com a insegurança de Juan, zagueiro que pouco jogou na temporada e já tinha dado indicações de que poderia comprometer.
Variação de equipe: Mano repetiu a escalação apenas na final. Nas demais partidas, sempre fez mudanças, seja por ordem técnica e tática. Trocou de goleiro na competição, variou centroavante e na decisão trocou o time com 30 minutos de jogo com a entrada de Hulk no lugar de Alex Sandro. O excesso de mudanças comprometeu o padrão de jogo da Seleção.
Defesa insegura: O Brasil sofreu sete gols em seis jogos na competição e a defesa mostrou grande instabilidade, com erros individuais e de posicionamento. Os goleiros não passaram segurança e havia uma nítida impressão de que o Brasil ao mesmo tempo que criava muito, corria muitos riscos.
Terra
BOLETIM DA REDAÇÃO - 27/08/2025