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EDUCAÇÃO

Imprensa Nacional repercute como ‘factóide’ proposta de candidato de João Pessoa

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publicado em 09/09/2012 ás 07h49

 A proposta do senador Cícero Lucena (PSDB), que disputa a prefeitura de João Pessoa, de distribuir tablets para o alunado da rede municipal de ensino, caso ele seja eleito, foi lembrada neste domingo (9) em uma matéria do site da Folha de São Paulo.

A matéria da Folha.com registra que a proposta de distribuição do equipamento também não uma sugestão apenas do tucano da Paraíba e tem sido debatida em outros estados por quem concorre a eleição para o Paço Municipal, como Porto Alegre (RS), Teresina (PI), Recife (PE) e Ribeirão Preto (SP).

Ainda de acordo com a matéria da Folha, as propostas de distribuição de equipamentos para as escolas sofre críticas de especialistas que entendem as promessas como "factóides".

Confira trecho da matéria postada no site

Após a onda de promessas de instalação de sistemas de internet sem fio na campanha municipal de 2008, candidatos a prefeito de grandes cidades estão agora prometendo a compra de tablets para alunos e professores da rede pública.

Na esteira do anúncio feito pelo Ministério da Educação da aquisição de 900 mil aparelhos para escolas, eles dizem que é possível disseminar o uso do equipamento para melhorar a aprendizagem.

Em Porto Alegre, o assunto já figurou até em debate na TV. Manuela D’Ávila (PC do B), uma das líderes na disputa eleitoral na cidade, é defensora da ideia e reclamou que houve uma reação "jocosa" de outros candidatos.

Em capitais como Teresina e Recife, e em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), o tema também está na pauta eleitoral. Um dos argumentos de políticos como o tucano Cícero Lucena, de João Pessoa, é que, com a digitalização dos livros, haveria economia.

Na capital pernambucana, Geraldo Julio (PSB) divulga seu plano de distribuir tablets a todos os 70 mil alunos do ensino fundamental.

O MEC já comprou neste ano 410 mil aparelhos, em um investimento de R$ 330 milhões. Eles serão entregues a escolas de ensino médio de Estados cadastrados em um projeto do ministério. No início, só professores receberão os equipamentos. O custo por unidade variou de R$ 279 a R$ 462.

INCERTEZA

A viabilidade e o custo-benefício dos projetos envolvendo tablets são alvo de críticas de especialistas em educação.

O professor da USP José Marcelino de Rezende Pinto, que pesquisa políticas públicas para o setor, diz que as promessas são "factoides".

Para ele, entregar tablets para professores pode ser válido, mas é preciso priorizar a estruturação das bibliotecas da rede de ensino, que não oferecem o mínimo aos alunos.

"Infelizmente, a lógica dos candidatos é achar uma marca para ver se, com aquilo, ‘cola’ no eleitor. E a educação não pode depender disso."

O economista Gustavo Ioschpe diz que há um "claro viés eleitoreiro" em prometer um bem de consumo para a população. Também considera improvável que se gaste menos dinheiro público com tablets do que com o material didático convencional.

O candidato tucano de Teresina, Firmino Filho, diz que as críticas são "conservadoras". Ele afirma que não há como ter certeza do retorno, mas "é preciso ousar".

"Em cinco anos a escola particular estará toda informatizada, com quadro eletrônico. E a pública ainda no giz e no papel. Não faz sentido."

MaisPB

com Folha.com

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