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“Um tal de Queiroga” é, mesmo, o cientista paraibano Marcelo?!…

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publicado em 11/06/2021 às 08h51

Eu não acreditei no que expressara o noticiário desta quinta feira, dia 10, segundo o qual o presidente Bolsonaro, diante de apoiadores, afirmara que conversou com “um tal Queiroga, nosso ministro da saúde”, para “ultimar” um parecer visando desobrigar o uso de máscara (a de proteção contra a covid), uso este exigido em lei obviamente ainda vigente e que foi sancionada pelo próprio 1º mandatário da nação, Jair Messias Bolsonaro.

Não! Eu não acreditei! Nem em relação à pretensa desobrigação, muito menos quanto a que o presidente tenha se referido ao ministro da saúde, também presidente licenciado da Sociedade Brasileira de Cardiologia, chamando-o de “um tal  Queiroga”.

Eu pensara ser “fake news”. E não era.

Entretanto, quanto a “um tal Queiroga” que o presidente Bolsonaro parece considerar igual àquele ex-ministro que disse que sua função deveria ser exercida sob a égide da expressão de que “é simples assim: um manda e o outro obedece”, os paraibanos não acreditamos que o conterrâneo Marcelo Queiroga seja desse mesmo time.

E agora um “sim”, embora misturado a um “não”: – sim, o conterrâneo Marcelo Queiroga não é desses “profissionais” que a tudo se submete para manter-se na função de ministro! Todos os paraibanos acreditamos na honradez de Marcelo Queiroga, não só por sua origem familiar, mas, especialmente, por sua própria história.

Os paraibanos temos aplaudido a dedicação e o desempenho  de Marcelo Queiroga como ministro da saúde, inclusive quanto  a enfatizar que vivemos em um sistema presidencialista para justificar ser normal que um nome, por ele escolhido com rigor técnico e com muita esperança de importante contribuição ao seu ministério, não tenha tido o aval político do Governo, por isto desconvidado para a missão que o ministro pensara.

Nas declarações, veiculadas à noite da mesma quinta feira, nosso conterrâneo Marcelo Queiroga observa que o presidente Bolsonaro solicitara-lhe um estudo para avaliar a pertinência da desobrigação do uso de máscara por determinados segmentos, cuja ocorrência seria para “futuro”, quando o país estiver mais avançado na vacinação contra a covid.

Todavia, bem se atentando às palavras do presidente Bolsonaro, não foi isto que ele,  o  presidente, teria transmitido ao ministro Queiroga, não! Ele, Bolsonaro, declarou que sua recomendação foi no sentido de “ultimar” um parecer visando desobrigar o uso da máscara. E foi aplaudido “pela galera” que o assistia, inclusive ao dizer que a máscara é um símbolo… símbolo… que não é: – é um instrumento para proteção contra a covid.

Nossa esperança, confiança até, é a de que o conterrâneo Marcelo Queiroga jamais concorde com o dizer de Eduardo Pazuello, o dizer de que “é simples assim: um manda e o outro obedece”. E como ele, Queiroga, tem repetido que aceitou a missão de ministro para contribuir com o seu (e nosso) país, ele –  Queiroga – também sabe que em uma missão dessa grandeza não deve, nem pode, executar o que sua própria consciência aponta como incorreto. Isto seria uma descaracterização e desmonte de toda sua história técnico-científica.

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