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Governo emite documentos para 13 comunidades quilombolas

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publicado em 23/11/2012 às 16h13

 Neste mês de novembro, em alusão ao dia da Consciência Negra (20 de novembro), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh) intensificou as visitas às comunidades quilombolas da Paraíba para oferecer cidadania às famílias. A equipe do ‘Programa Cidadão’ visitou 13 comunidades quilombolas e emitiu 1.276 documentos (certidão de nascimento, identidade, CPF e carteira de trabalho). Na ocasião, também foi realizado um levantamento sobre as necessidades dos quilombos para a oferta de cursos profissionalizantes.

As comunidades Mãe D`água, Santa Teresa e Barreiras, localizadas na região de Coremas, registraram a maior quantidade de documentos emitidos: 650. Em segundo lugar ficaram as comunidades Pau de Leite, São Pedro dos Miguéis, Lagoa Rasa e Curralinho Jatobá com 330 emissões de documentos.

As demais localidades percorridas foram Matão, em Gurinhém; Cruz da Menina, em Dona Inês; Mituaçu, no Conde; Pedra D’água, em Ingá e Negra Paratibe, em João Pessoa.

Entre os atendimentos, a equipe encontrou em Lagoa Rasa seu José Vitorino da Silva, um aposentado de 87 anos, que não documento de identidade. Segundo um dos integrantes da equipe, Túlio Padilha, a família agradeceu a ação domiciliar. “A gente estava na comunidade e ficou sabendo da existência de um senhor que não podia andar e que não tinha a identidade. Então, fomos na casa dele e retiramos o documento”, relatou.

Agenda – Até dezembro devem ser visitados os quilombos de Gurugí e Ipiranga, no Conde; Serra do Talhado e Urbano do Talhado, em Santa Luzia; Serra Feia, Aracatí e Chã, em Cacimbas; Sussuarana e Vila Teimosa, em Livramento; Fonseca, em Manaíra; Sítio Livramento em São José de Princesa e Domingos Ferreira, em Tavares.

A secretária da Sedh, Aparecida Ramos, explica que nas comunidades quilombolas existe uma grande parte da população que não tem nem o registro civil. “O trabalho feito pelo ‘Programa Cidadão’, de forma itinerante, é muito importante porque muitas pessoas não dispõem de documentação. Estamos tirando toda documentação desde o registro civil, identidade, CPF e carteira de trabalho”, disse.

Cursos itinerantes – Os cursos profissionalizantes que serão oferecidos as comunidades quilombolas acontecerão de forma itinerante, realizado pela coordenação estadual dos Centros Sociais Urbanos (CSUs). Foram visitadas comunidades nos municípios de Catolé do Rocha, Pombal e Ingá.

Quem vive nas comunidades aguarda com ansiedade a chegada dos cursos itinerantes oferecidos pelo governo do Estado. Um exemplo é a jovem Joana Darc de Oliveira Rodrigues, moradora da comunidade quilombola Sítio São João I, em Pombal.

“É difícil às pessoas chegarem aqui para fazer alguma ação. De vez em quando vem equipe do Incra e de outros órgãos federais, mas do Governo do Estado, acho que é a primeira vez. Espero que eles façam alguma coisa pela comunidade”, disse.

Outra meta da Sedh, é capacitar os funcionários dos CSUs sobre a questão racial, visando uma ação de combate ao racismo institucional. A ação está sendo realizada em parceria com a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana. Também nos CSUs estão acontecendo rodas de diálogo com a comunidade com os temas identidade racial.

Ainda nos Centros Sociais Urbanos,as fichas de inscrição para cursos passarão acontar com o quesito identidade racial, para evidenciar o numero da população negra atendida.

Sustentabilidade– O Núcleo de Segurança Alimentar atua em outra frente que beneficia as comunidades quilombolas com o programa ‘Inclusão Produtiva e Segurança Alimentar para Povos Tradicionais’. A ação visa capacitar os moradores dessas localidades para gerar emprego e renda. Desta forma, foram atendidas neste ano 75 pessoas em Matão, no município de Serra Redonda, com cursos de criação de aves e horta comunitária. Outras 100 em Matias, no município de Gurinhén. Em Areia, com a reforma do Engenho Bonfim, para unidades de beneficiamento e produção de alimentos foram atendidas 105 pessoas.

Secom PB 

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