João Pessoa, 29 de novembro de 2012 | --ºC / --ºC
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O deputado estadual Gervásio Maia (PMDB) acusou o ex-governador José Maranhão (PMDB) de descumprir acordo para formação da chapa de consenso no diretório estadual do PMDB. O parlamentar ainda acusou Maranhão de tentar dar golpe no partido quando antecipoua eleição do diretório no primeiro turno da eleição municipal.
De acordo com o parlamentar, no último domingo (25), foi acordado em uma reunião com Maranhão, que todos os cargos do partido seriam escolhidos em consenso com as lideranças do partido. Mas, na última segunda-feira (26), quando voltaram a se encontrar para tomar as decisões partidárias, Maranhão “puxou do bolso da camisa uma chapa pronta”.
“Foi uma quebra da palavra empenhada, apresentando uma lista que não foi aprovada por todos”.
O parlamentar disse que o acordo ainda chegou a ser cumprido na escolha dos delegados das executivas estaduais e nacionais do partido, mas, quando chegou ao diretório estadual, houve o impasse devido à estratégia de Maranhão.
O peemedebista explicou que durante a reunião do domingo foi colocado que, como existiam duas chapas disputando a eleição do diretório do PMDB estadual, o correto seria que cada um dos grupos apresentassem metade dos membros, de acordo com a importância de cada cargo.
“Infelizmente não aconteceu como foi combinado. Nós não podemos aceitar uma chapa que já foi fabricada de goela abaixo”, disparou o parlamentar.
No entanto, Gervásio disse que não está insatisfeito com o que foi decidido na reunião da segunda-feira, mas, o que ele está defendendo e um fortalecimento do PMDB.
“Já estou muito feliz porque estamos formando uma chapa forte com os delegados estaduais e nacionais. Sugeri que seja seguido o entendimento da maioria, para que o partido tenha uma representação forte, com lideranças que tem representatividade, votos, e história dentro do PMDB”, afirmou.
Golpe – Gervásio Maia acusou José Maranhão de tentar dar um golpe em algumas lideranças do PMDB quando antecipou a eleição do diretório estadual ainda durante o segundo turno da eleição municipal e esse teria sido o grande causador do impasse no PMDB.
“Foi à antecipação da eleição sem o entendimento das lideranças do partido. O prefeito de Campina Grande, Veneziano, ainda estava trabalhando no segundo turno de eleição municipal, e não poderia participar. Foi um verdadeiro golpe que não deu certo”, afirmou.
Veneziano – O parlamentar disse ainda que não tem problemas em ceder a vaga de secretário geral do partido para o prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo. Gervásio disse que, se dependesse dele, Veneziano seria o presidente do PMDB.
“Eu não faço a menor questão de defender meu nome para qualquer cargo que seja. Quero que seja um processo democrático. Se dependesse de mim, o presidente seria Veneziano por uma questão de lógica: Veneziano é o nome mais forte do PMDB para a eleição de 2014. A representação à altura para Veneziano seria a presidência”, defendeu.
Roberto Targino – MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/12/2025