João Pessoa, 31 de dezembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O cadeirante Israel Cruz morreu nesta manhã após sofrer um acidente durante a 88ª São Silvestre.
Segundo comunicado divulgado pelos organizadores da prova, Israel perdeu o controle de sua cadeira em uma descida e se chocou contra o muro do estádio do Pacaembu.
Após o primeiro atendimento pela equipe médica do evento, o cadeirante foi encaminhado para a Santa Casa de São Paulo.
Mesmo tendo chegado consciente ao local, ele não resistiu aos graves ferimentos e faleceu.
VEJA O COMUNICADO
"O Comitê Organizador da 88ª Corrida Internacional de São Silvestre comunica o falecimento do atleta Israel Cruz Jackson de Barros, inscrito na categoria Cadeirante masculino. O fato ocorreu em razão de um acidente durante a prova realizada na manhã desta segunda-feira, em que o atleta se chocou contra o muro do Estádio do Pacaembu.
O atleta, segundo outros participantes, teria perdido o controle de sua cadeira na descida sofrendo uma queda muito forte. Prontamente atendido pela equipe médica do evento, que estava próximo ao local, Israel foi depois levado à Santa Casa de São Paulo ainda consciente, às 7h35, foi atendido pela equipe do hospital, mas, infelizmente, não resistiu em razão da gravidade dos ferimentos e faleceu às 8h50.
O atleta estava devidamente inscrito na prova, obedecendo os critérios de seleção do evento cujas inscrições foram feitas pela Fundação Cásper Libero e supervisionadas pela organização técnica do evento e pela ADD – Associação Desportiva para Deficientes.
O Comitê Organizador está acompanhando o caso juntamente com a ADD para atendimento à família do competidor, uma vez que o mesmo não residia na Capital".
SONHADOR
Israel teve sua perna esquerda amputada em 1985. Ao ensinar sua irmã a andar de bicicleta, em uma brincadeira, Israel correu com velocidade e sua irmã puxou a garupa fazendo com que a manete da bicicleta entrasse em sua coxa do lado esquerdo, perfurando e atingindo a veia femural, segundo ele mesmo escreveu em seu blog.
Ele passou por quatro cirurgias até a amputação de sua perna.
"No início é tudo difícil, é como nascer de novo. Aos 22 anos de idade entrei para o esporte e me tornei um para-atleta", diz o texto em sua página.
O para-atleta começou jogando basquete em cadeira de rodas. Um ano depois, ele desistiu e entrou para o atletismo onde ganhou títulos nacionais e internacionais.
No final do texto, ele contava seu sonho: "participar de uma para-olimpíada e de uma maratona".
Folha
HORA H NA TV O NORTE PB - 13/05/2025