João Pessoa, 04 de janeiro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
número de acidentes aéreos registrados na aviação civil brasileira fechou 2012 com um novo recorde, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Foram 168 casos no ano passado em comparação com 159 em 2011- um aumento de 5,6%.
Dentre as 168 tragédias aéreas ocorridas em 2012, 146 foram com avião (aumento de 10,6% em relação a 2011) e outros 22 de helicóptero (redução de 15,5%). Os dados são preliminares e podem sofrer alterações, pois o Cenipa ainda está recebendo relatos de seus escritórios regionais e pelo menos mais quatro casos ainda precisam ser analisados.
Dentre as ocorrências mais graves investigadas em 2012 estão a queda de um helicóptero da Polícia Civil de Goiás, que deixou 8 mortos, em agosto, e o acidente com um King Air de uma indústria de alimentos, que também deixou 8 mortos em julho em Minas Gerais.
Os meses com maior registro foram fevereiro, agosto, novembro, junho e dezembro. Em todos eles, o número de acidentes superou a marca contabilizada no ano anterior.
2011 já havia fechado com um índice histórico de acidentes no país desde 2000, quando a Aeronáutica começou a divulgar os dados: foi 45% superior a 2010.
“Começamos no ano passado uma série de ações focadas na prevenção e na melhoria da manutenção das aeronaves para reduzir o número de acidentes no país e estamos caminhando para isso. 2012 foi um período de transição e acreditamos que 2013 será um ano que haverá redução”, afirma o brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, chefe do Cenipa.
“No mundo inteiro, a aviação caminha para ser cada vez mais segura. No Brasil, na aviação comercial regular, estamos neste caminho. O que ainda nos preocupa é a aviação em geral (aviões e helicópteros privados, táxi aéreo, agrícolas, dentre outros)”, explica o oficial.
Segundo as companhias aéreas, do caminham para a conclusão do ano mais seguro já registrado, com uma média até o fim de novembro de apenas um acidente de qualquer tipo para cada 5,3 milhões de voos, informou.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) informou que 2012 foi o ano mais seguro já registrado pelas companhias aéreas desde 1960. Houve, em média, um acidente para cada 5,3 milhões de voos do tipo.
Ocorrências com mortes sobem – Houve ainda aumento, em 2012, no número de acidentes de avião com mortes – foram 29 contra 22 no ano anterior. Porém, os acidentes com helicóptero deixaram menos vítimas no ano passado: foram apenas 3 contra 8 em 2011.
A quantidade de acidentes com perda total em 2012 se manteve igual a 2011 – 34 casos, incluindo quedas de helicóptero e de avião.
O número de mortos nas tragédias, porém, diminuiu. 71 passageiros e tripulantes perderam suas vidas em quedas de avião e helicóptero em 2012 – contra 90 em 2011. O ano com maior número de vítimas até hoje foi 2007, quando houve o acidente com um avião da TAM no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Naquele ano, foram 271 mortos na aviação civil do país.
Ações de prevenção – Em 2013, os profissionais da FAB farão palestras em pequenas cidades no interior dos estados, levando informações sobre os principais fatores que levam à queda de acidentes e também orientando pilotos e mecânicos para que se preocupem com fatores que estão provocando mais tragédias nos últimos anos – como falta de combustível, baixa visibilidade, mau tempo, colisões com pássaros e outros animais, interpretação equivocada de instrumentos, ou decisões erradas da tripulação na hora do pouso e da decolagem.
“Estamos incrementando o trabalho em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) para aumentar a fiscalização e as atividades em todo o país, verificando o que está sendo feito de forma irregular e que pode ser melhorado para prevenir novos acidentes”, afirmou o brigadeiro Lourenço, chefe do Cenipa.
G1
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