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O último dos moicanos (I)

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publicado em 08/04/2020 às 11h04

Somente A União continua, aqui na Paraíba, a importante missão de noticiar e emitir opinião como jornal impresso, isto – em seu caso – há 127 anos, ou seja, foi o primeiro veículo de comunicação, neste gênero, em nosso Estado, e está constituindo-se, neste particular, em “o último dos moicanos”.

Até o dia 4 do mês em curso também contávamos, em circulação, com o Jornal Correio da Paraíba, que, como escrito na nota que fez publicar em sua última edição, correspondeu, realmente, a “uma história de lutas, conquistas, resistência e muitas vitórias” e que durante 66 anos liderou várias campanhas em prol da terra paraibana, tanto no campo cultural quanto social e sobretudo econômico, e na defesa da Democracia.

Neste tempo do Correio da Paraíba como jornal impresso, também acompanhamos o importante trabalho, como veículos de comunicação de igual formato, de O Norte, Jornal da Paraíba, O Momento, A Tribuna… Já bem antes haviam encerrado suas atividades, como que não resistindo à mídia digital. Entretanto, o Correio da Paraíba, pela garra de sua equipe coordenada pelo empresário Roberto Cavalcanti, vinha resistindo, redescobrindo-se, superando adversidades de situações ou planos econômicos, porém, foi surpreendido e atingido pela crise do covid-19, que tem derrubado pessoas físicas e jurídicas no mundo inteiro.

Logo no dia seguinte ao da última edição do Correio da Paraíba, ou seja, no domingo 5 de abril corrente, lemos, em A União, a crônica de Martinho Moreira Franco que teve por título “Amanhã será outro dia”. Ele não se referia ao Correio da Paraíba, mesmo porque quando a escrevera não tinha a menor ideia de que o CP encerraria suas atividades. Ele – Martinho – reportou-se à passagem de seu aniversário natalício (o dele, Martinho), que ocorreria na segunda feira, dia 6, completando – como completou – 74 anos de uma vida que alegra a todos quantos o lê e especialmente aos seus amigos e familiares. Mas, sem pretender, também deixou a esperança de que “Amanhã será outro dia” e – quem sabe? – esse “amanhã” venha até com um ressurgir do Correio da Paraíba para que, junto à A União, represente a esperança de mais um moicano na preservação do jornal impresso, sem dúvida, ainda o meio de maior fixação da mensagem transmitida, conforme pesquisa realizada em 2018 pela Folha de São Paulo.

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