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Couto destaca matéria que mostra evolução da violência no Brasil

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publicado em 07/03/2013 às 10h04

O deputado Luiz Couto (PT-PB) destacou na quarta-feira (6/3), da tribuna da Câmara Federal, matéria publicada na revista Le Monde Diplomatique Brasil, de fevereiro deste ano (número 67), que mostra a evolução da violência no país entre os anos de 2002 e 2010.

O texto, de autoria de Julio Jacobo Waiselfisz, pesquisador do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), tem como título ‘A cor dos homicídios no Brasil’. “O assunto é o resumo de um trabalho mais abrangente coordenado pelo próprio Jacobo sobre a incidência da questão racial na violência letal no Brasil. O levantamento compõe com outros estudos o ‘Mapa de Violência 2012 – Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil’, elaborado pelo Instituto Sangari”, esclareceu o parlamentar.

Com base nos dados pesquisados, Couto informou que o número de assassinatos de pessoas brancas caiu de 18.867 casos em 2002 para 14.047 em 2010, “um recuo de 25,5% em oito anos”. Acrescentou que o número de homicídios de pessoas negras (pretas e pardas) saltou de 26.952 em 2002 para 34.983 no ano 2010. “Um grave aumento de 29,8%”.

“Em 2002 morriam assassinados 65,4% mais negros do que brancos. No ano de 2010 essa proporção teve um acréscimo de 132,3%. Na Paraíba, em 2010, essa taxa de vitimização dos negros era 1.824%. Portanto, mais grave do que no Brasil. Ou seja, a proporção dos homicídios naquele ano em nosso estado foi de 19 pessoas negras eliminadas para cada branco assassinado. Em João Pessoa essa relação foi ainda pior: 29 pessoas negras assassinadas para cada pessoa branca vitimada letalmente”, complementou.

O deputado ressaltou também que, segundo o Sistema de Informações de Mortalidade (Ministério da Saúde), 445.021 pessoas foram vítimas de assassinato no país, entre 2002 e 2010.

Para Luiz Couto, cada vida humana tem um valor incomensurável, independentemente de etnia, cor ou raça. “Essa clivagem étnico-racial da violência fatal mostra o quanto o problema é mais grave e não será resolvido apenas com a ação policial e militar, imprescindível, mas insuficiente. Porque outro há de ser o paradigma para dar conta de tamanho desafio da violência e da segurança pública”, completou.

Assessoria de Couto

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