João Pessoa, 17 de março de 2013 | --ºC / --ºC
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Os teresinenses encontram dificuldades na hora de enterrar seus entes queridos. Nos 14 cemitérios públicos da capital quase não existe mais disponibilidade de vagas para novas sepulturas. A questão já virou um problema generalizado que levou a Câmara Municipal a aprovar por unanimidade uma audiência pública para procurar soluções.
De acordo com o vereador Edilberto Borges, o Dudu do PT, que propôs a medida, a audiência deve ser marcada até o início de abril para dar uma resposta aos mais de 800 mil habitantes da capital. “Quando uma pessoa morre em Teresina a família se vê num Deus nos acuda. Não existem vagas nos cemitérios da capital e o problema é antigo. É necessária uma solução tanto para as vagas quanto para a burocracia”, afirmou.
Uma pesquisa feita pelo G1 Piauí junto com as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) da cidade apontou o atual quadro dos cemitérios públicos de Teresina. Ao todo, dos 14 locais destinados para sepultamentos, apenas dois ainda disponibilizam espaço para novas sepulturas e um está interditado por oferecer risco de contaminação ao meio ambiente.
Dos três que existem na Zona Leste, apenas o cemitério Santa Mônica, também conhecido como Carrapicho, possui vagas. A Zona Norte conta com cinco, dos quais, apenas o cemitério da Santa Maria da Codipi ainda possui espaço para novas sepulturas, mas apenas 20.
A situação não é muito diferente nas demais regiões da cidade. A Zona Sudeste que conta com três cemitérios públicos, está lidando com uma dificuldade com relação a vagas, de acordo com a assessoria da SDU-Sudeste. Já na região Sul a situação poderia ser amenizada pela liberação do cemitério Areias, que está interditado. A Zona Sul ainda conta com outros dois locais destinados para sepultamentos, mas que não possuem mais área para covas virgens.
Segundo as gerências de serviços urbanos da SDUs, com a superlotação dos cemitérios a única alternativa que sobrou foi a utilização de terrenos onde já houve sepultamentos, mas não foram comprados pelos familiares. “A família tem até cinco anos para comprar o terreno da cova, depois disso, por uma lei municipal, o local volta a pertencer ao cemitério, que pode reutiliza-lo para um novo enterro, em muitos cemitérios só existem esse tipo de vaga”, disse o gerente de serviços urbanos da SDU – Centro/Norte, Roberto Viana.
Além da utilização das vagas que surgem do não pagamento da taxa pelos familiares, existem também projetos para a compra de terrenos para a criação de novos cemitérios públicos. Na região Leste, o gerente de serviços urbanos, Marcos Almeida, afirmou que já foi comprado um terreno no bairro Vale do Gavião para a construção de um novo cemitério.
G1
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025