João Pessoa, 18 de março de 2013 | --ºC / --ºC
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O secretário estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, afirmou, por volta das 10h desta segunda-feira (18), que ao menos 10 pessoas morreram em decorrência das chuvas em Petrópolis, na Região Serrana, na última madrugada.
Dois técnicos da Defesa Civil estão entre as vítimas. Eles trabalhavam no resgate de desaparecidos na Vila São Joaquim, próximo à Rua Espirito Santo, no bairro Quitandinha, e acabaram soterrados. Por volta das 10h10, os agentes tinham encontrado o corpo da sexta vítima morta neste local.
Durante o temporal, os rios Quitandinha e Piabanha transbordaram, deixando ruas alagadas nos bairros Quitandinha, Alto Independência, Morin e Alto da Serra. Segundo a Defesa Civil, pelo menos 50 pessoas estão desalojados em três bairros e um sub-bairro de Petrópolis.
Simões disse que o cenário é "crítico" e alertou os moradores para que sigam as orientações da Defesa Civil e fiquem alertas aos sinais sonoros. "A continuidade das chuvas agrava muito os riscos de escorregamentos. Temos na Região Serrana muitas áreas vulneráveis e, portanto, essa é a nossa preocupação".
"O governo do estado mobilizou toda a sua estrutura, especificamente a do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) com máquinas e caminhões para que a gente possa desobstruir vias obstruídas por carregamento de terra", afirmou Sérgio Simões.
Ele informou que em Petrópolis choveu mais de 300 milímetros em 24 horas. O volume de chuva esperado em um mês no município é 270 milímetros.
"O prefeito [de Petrópolis, Rubens Bomtempo] já fez um apelo para que as pessoas permaneçam em suas casas, decretou feriado escolar e a preocupação passa a ser o acumulado de chuvas, a possibilidade de novos deslizamentos de terra", afirmou o secretário.
Ao lado de um dos principais pontos turísticos da cidade de Petrópolis, o Hotel Quitandinha, a rua foi completamente interditada porque um grande muro deslizou e causou estragos. Uma pousada, no alto do morro, ficou sob risco, em cima do penhasco.
No início da noite de domingo, o Centro Histórico e parte da Rua Coronel Veiga ficaram totalmente tomadas pelas águas do Rio Quitandinha. Na Praça da Liberdade e próximo à Praça Dom Pedro também foram registrados pontos de alagamentos.
Em janeiro de 2011, as chuvas fortes que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro a partir da noite do dia 11 provocaram deslizamentos de morros e enxurradas com velocidade de até 180 km/h, de acordo com especialistas. Estradas e pontes foram destruídas, e bairros inteiros ficaram isolados.
G1
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025