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CONVIVÊNCIA COM A SECA

Tovar cobra ações constante no Semiárido

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publicado em 19/10/2019 às 12h09
atualizado em 19/10/2019 às 09h10

O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de Biocombustíveis e Energias Renováveis na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Tovar Correia Lima (PSDB), defendeu medidas concretas e políticas públicas permanentes de convivência com o semiárido como forma de evitar as dificuldades causadas em decorrência da seca. Nos últimos dias, o Governo do Estado decretou estado de emergência em 177 municípios.

“A seca na nossa região é recorrente e o que vemos é que medidas são tomadas a cada período, sempre medidas paliativas. Essas ações induzem apenas a política dos carros pipas que é importante, mas não resolvem o problema. Precisamos de ações concretas e temos uma forte vocação para produção de energias limpas, como a solar e a eólica. É preciso que os Governos revejam essa política de ajuda, apenas com decretos. Precisamos ir mais além”, destacou.

Tovar sugeriu ainda a implantação de uma fábrica de insumos para produção de placas de energia solar no semiárido. “Temos que buscar outros investimentos, garantir a geração de emprego e renda para essa população que vive no Semiárido. A busca de novos investimentos é importante para o desenvolvimento do Estado e dos municípios”, disse.

O deputado também defende o uso racional da água. “A gente racionalizar a água não significa que vamos ficar sem ela, pelo contrário. Vamos garantir a sua manutenção por mais tempo”, disse, destacando a transposição das águas do Rio São Francisco como fundamental para a sobrevivência no interior do Estado.

Um estudo realizado pela WWF Brasil revela que de toda a água existente no mundo, 97,5% estão nos mares e oceanos e apenas 2,5% estão em geleiras, rios, lagos e águas subterrâneas, chamadas de “água doce”. Desta quantidade, menos de 1% está disponível para consumo. Imaginemos que se 1 litro representasse toda a água do mundo, a água doce corresponderia a 28 ml ou um copinho de café, ou seja, a água disponível para o homem seria de 6,27 ml.

Tovar destacou exemplos de lugares que passaram por crises hídricas e outros que estão em regiões secas, mas que conseguiram se desenvolver, investindo em tecnologia e trabalhando potencialidades. Israel é internacionalmente conhecido por ter o mais avançado sistema de manejo de água do mundo. Em uma área desértica, suas fontes naturais são escassas para suprir a demanda dos cerca de 2 bilhões de metros cúbicos necessários para toda a população. Apesar disso, tem uma agricultura desenvolvida e raramente passa por crises hídricas. Os bons resultados vêm da combinação de diversas estratégias, centralizadas pelo governo.

O deputado lembrou que a Austrália passou por uma grande seca que começou no fim dos anos 1990 e só foi oficialmente encerrada em 2012. Durante esse período, que prejudicou principalmente a agricultura, o país precisou rever todo o seu sistema hidráulico.  Nos Estados Unidos os dois principais exemplos de tratamento de água são o Texas e a Califórnia. No caso do Texas, que tem o Sul e Oeste seco e com áreas desérticas, a água é reciclada para irrigação de parques e plantações desde o início do século XX.  No Japão, depois de uma grande seca em 1964, se implantou o reúso de água em todas as indústrias de Tóquio e Nagoya.

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