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Pedinte em carro de som

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publicado em 03/07/2019 às 11h21

Quem comigo convive, sabe que há, em mim, um forte sentimento humanitário, procurando ajudar – sem ser governo – “aos que mais precisam”.

No entanto, também há em mim uma forte adesão aos princípios básicos de organização social, inclusive na dimensão maior de nação, a exemplo da brasileira, em que devem só valer as normas democráticas,obviamente a serem rigorosamente cumpridas tanto em seus direitos quanto nos deveres.

Nessa mesma lógica, ao me reportar, por exemplo, sobre mobilidade urbana – como já o fiz – e ao esforço feito pelos órgãos competentes para que o trânsito flua com normalidade e humanismo, já expressei críticas pela omissão governamental relativamente a crianças, adolescentes e até adultos que ficam nos semáforos “forçando” limpar os para-brisas dos carros ou fazendo malabarismos, até com fogo, na frente destes.

Meu humanismo, porém, não tem me sensibilizado – e, se errado estiver, peço perdão a Deus – com cenas, por exemplo, de um cadeirante ziguezagueando entre os carros, em um semáforo, ou uma pessoa com deficiência físico-mental, em uma missa, pedindo “uma esmola pelo amor de Deus”no exato momento do “ofertório”, provocando constrangimento aos que só se programaram para a oferta à Igreja.

Cabe registrar, também, que estava,dia desses, na calçadinha da praia do Cabo Branco (em João Pessoa) e fui surpreendido com “uma esmola pelo amor de Deus” pronunciada através de um carro de som. Parecia ser marido e mulher, ele dizendo da falta de saúde dela e que precisava, mesmo que 10 centavos fossem, para que ela continue vivendo. Bem recentemente, esse mesmo carro de som, com a mesma mensagem e o mesmo casal, circulava pelas imediações das avenidas Afonso Pena e Washington Luiz – Bessa (aqui na capital paraibana), bem cedinho!

É normal que essas cenas ocorram?!  Os governos nada podem fazer para  evitá-las?!…

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