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"Tento sair de casa até, no máximo, as 7h15 para chegar aqui [no terminal Parque Dom Pedro 2º, no centro] às 9h. Sempre vou em pé, às vezes espremido. Quando chove, já sei que vou ter que ligar para a empresa e dizer que vou chegar atrasado. Já levei bronca por causa de atrasos".
A afirmação é do auxiliar administrativo José Luiz Alves, 29, morador do bairro Vila Nova Curuçá, na zona leste de São Paulo. A tarifa mudou, voltou a custar o que era antes. Mas o serviço, esse continua o mesmo há muito tempo, segundo passageiros ouvidos pela Folha.
O auxiliar administrativo Alves, que costuma utilizar apenas ônibus para não chegar atrasado no horário ao trabalho, diz que "não há bolso que pague ônibus mais metrô todos os dias, ida e volta".
Para ele, os meios de transporte público oferecidos ainda têm de melhorar muito para fazer jus ao preço de R$ 3.
"O serviço de ônibus é muito ruim. Fico 40 minutos no ponto esperando passar um da linha que vou pegar". disse o porteiro João Marques, 41, enquanto esperava seu ônibus na avenida Paulista.
Além dos intervalos considerados longos, os usuários reclamam da superlotação e da pouca opção de linhas de ônibus em algumas regiões da cidade.
"Sempre estão cheios e eu vou em pé. R$ 2 já seria caro", afirmou a babá Antonia Marques de Almeida, 51.
Folha.com
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