João Pessoa, 18 de dezembro de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Não era um, nem dois. Eram vários. Diversos. Muitos Papas Francisco marcaram presença nesta quarta-feira – por meio de máscaras e fantasias – nas arquibancadas do Estádio Grande, em Marrakesh, para ver o San Lorenzo, time do coração do santo padre da Igreja Católica, tentar chegar à final do Mundial de Clubes da Fifa. O adversário era o fraco Auckland City, da Nova Zelândia. O jogo colocava frente a frente o campeão da América e o campeão da Oceania. E, por pouco, mas muito pouco, o planeta não testemunhou aquela que poderia facilmente representar a maior zebra da história do futebol, evitada somente pela vitória por 2 a 1 da equipe argentina na prorrogação.
O San Lorenzo sofreu. Jogou mal. Mas venceu. Na marra, mas venceu. Depois de abrir o placar praticamente no último lance de um sonolento primeiro tempo, viu o modesto, mas aguerrido, rival crescer no Marrocos e empatar o confronto na segunda etapa. O jogo teve que ir para a prorrogação. Incrível, não? Um time da Nova Zelândia formado por alguns atletas amadores empatar um jogo com o campeão da Libertadores?
Pois é. Mas, no tempo-extra, o San Lorenzo finalmente conseguiu impor a sua melhor qualidade e venceu – no dia em que o Papa completou 78 anos de vida. O placar final apontou 2 a 1 para a equipe argentina, que, assim, confirmou o que todos esperavam: desafiará o Real Madrid, no próximo sábado, às 17h30 (de Brasília), pelo título do Mundial de Clubes da Fifa de 2014. Ao Auckland City, restará guardar a partida desta tarde na memória e duelar com o Cruz Azul, do México, pelo terceiro lugar.
O jogo desta quarta-feira não foi o massacre que o planeta esperava ver. O poderoso San Lorenzo, que eliminou Botafogo, Cruzeiro e Grêmio na caminhada rumo ao histórico título da Libertadores deste ano, encontrou muitas dificuldades para criar chances diante do organizado time neozelandês. A equipe argentina só abriu o placar aos 46min do primeiro tempo, com Barrientos.
Na segunda etapa, o valente Auckland City acreditou que seria possível escrever o seu nome na história e passou a trocar mais passes. Foi recompensado aos 22min. Berlanga aproveitou sobra de linda jogada de Tade e De Vries e chocou o planeta ao empatar o jogo. Daí para frente, o San Lorenzo acertou a trave com Cautericcio, e o Auckland perdeu chance inacreditável de virar a partida – Tade isolou bola frente a frente com a meta. O duelo foi para a prorrogação. Nela, o San Lorenzo se acalmou e conseguiu balançar as redes logo aos 2min. Mauro Matos foi quem fez a alegria dos argentinos. Ele merece uma benção especial de Francisco. A trave direita do gol de Torrico, acertada pelos neozelandeses no fim do jogo, também.
Terra
Wolney Queiroz - 16/07/2025