João Pessoa, 08 de julho de 2013 | --ºC / --ºC
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Dia Nacional de Lutas, comemorado na próxima quinta-feira (11), será marcado por greves e paralisações em, ao menos, 11 Estados, segundo a direção da Força Sindical, entidade que ajuda a coordenar os protestos.
Nesta segunda-feira (8), a entidade divulgou as categorias que vão aderir ao protesto e os locais onde haverá paralisação. Estão previstos protestos nas rodovias, o que pode atrapalhar o tráfego de veículos.
Haverá atos em Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Pernambuco, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Norte e São Paulo, de acordo com o presidente Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Pau
linho da Força. Segundo ele, lideranças sindicais de outros Estados estão reunidos nesta segunda-feira e também deverão aderir ao Dia Nacional da Luta.
Entre as estradas federais que devem receber os manifestantes estão a BR-277, que liga Foz do Iguaçu (PR) a Paranaguá (PR); a BR-376, que vai de Dourados (MS) a Garuva (SC); e a BR-101, que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
No Estado de São Paulo, os protestos devem atingir as rodovias Anchieta, que liga a capital ao litoral; a Fernão Dias, entre São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG); e a Dutra, principal ligação entre a capital paulista e o Rio de Janeiro (RJ). Os trechos onde deverão se concentrar as manifestações não foram especificados pela Força Sindical.
De acordo com Paulinho da Força, todos os Estados brasileiros deverão ter manifestações na quinta-feira. Paulinho fez questão de destacar que os protestos não estão ligados a qualquer bandeira política, apenas às reivindicações dos trabalhadores, e que não se trata de uma greve geral no País.
— Não é greve geral. São varias categorias que vão paralisar com objetivos claros. Discussão de plebiscito e reforma política é outra história. Nossa pauta é muito clara: redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais — sem redução de salario —, fim do fator previdenciário, politica salarial para aposentados, mais investimento em saúde, educação e segurança, reforma agrária e fim dos leilões da Petrobrás, que tem sido feitos para prejudicar os trabalhadores.
Paulinho destacou também que a Força Sindical não concorda com a política econômica do governo Dilma.
— [A política econômica] está levando o Brasil a não crescer, a importação desenfreada e levando a inflação. Queremos mudanças na politica econômica para fazer o Brasil voltar a crescer e para segurar a inflação.
De acordo com Paulinho, a Força Sindical quer fazer atos pacíficos.
— Estamos garantindo que serão pacificas, que ninguém vai tacar uma pedra. Se alguém fizer isso a gente vai pegar o cara e entregar para a polícia porque não é trabalhador é infiltrado, infiltrado não vai entrar aqui.
Para ele, as manifestações podem fazer com que as reinvindicações dos trabalhadores sejam atendidas.
— Os políticos só atendem quando veem o clamor das ruas e os trabalhadores se cansaram. Está chegando perto da eleição e político fica com coração mais mole.
Além da Força Sindical — que representa categorias de metalúrgicos, gráficos, construção civil, borracheiro, costureiras, telefônicos, têxtil, construção pesada e alimentação —, outros movimentos e sindicatos também vão participar da greve, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e CGTB (Central Geral de Trabalhadores Brasileiros). O Movimento dos Sem-Terra e a UNE (União Nacional dos Estudantes) também devem participar.
R7
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025





