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Os vedendores de roupas de luxo, comercializadas por WhatsApp sem nota fiscal, serão intimados para prestar esclarecimentos. Em entrevista ao Portal MaisPB, o secretário da Fazenda da Paraíba, Marialvo Laureano, explicou que a pasta vai localizar as pessoas que cometeram as irregularidades e cobrar os impostos sonegados.
“Essas pessoas serão intimadas para prestar o devido esclarecimento. E se a legislação assim permitir, nós vamos cobrar os impostos das pessoas que adquiriram essas peças à margem da tributação, sem o pagamento devido do imposto”, garantiu Marialvo.
Na entrevista, o secretário criticou a prática e comparou a sonegação fiscal com um crime contra os cofres públicos.
“Imposto sonegado são valores roubados da sociedade. O imposto que é pago ele retorna para sociedade na forma de serviço prestado, de investimentos estruturantes, na forma de saúde, eduicação, segurança, assistência social, etc. Você sempre deve comparar o dinheiro sonegado com o mau gestor público. Quando ele desvia o dinheiro, ele desvia o dinheiro dos cofres públicos que deveria votar para sociedade. O sonegador da mesma forma, está pegando o dinheiro antes mesmo de entrar nos cofres públicos”, avaliou.
Entenda
Uma operação da Receita Estadual apreendeu, nesta terça-feira (4), 1.500 vestidos de luxo vendidos sem nota fiscal em grupos de WhatsApp. As roupas estavam expostas no salão de um bar no bairro do Bessa, em João Pessoa.
A proprietária havia alugado o espaço para expor as peças, que eram vendidas 40% abaixo do preço de mercado.
O gerente-executivo de Combate à Fraude Fiscal da Secretaria da Fazenda da Paraíba, Francisco Cirilo, explicou que a irregularidade é recorrente e os produtos são comercializados por pessoas de alto poder aquisitivo.
“As pessoas estão formando lojas virtuais nos grupos de WhatsApp totalmente irregular e vendendo roupa de marca aqui em João Pessoa. Nós já identificamos dez grupos de WhatsApp. Cada grupo com mais de 30 pessoas, e tudo pessoas de muita posse. Esses vestidos são caros, são vestidos de marca”, esclareceu o gerente.
De acordo com a Secretaria da Fazenda da Paraíba, os proprietários costumam comprar e rapidamente vender as peças de luxo sem nota fiscal, para evitar fiscalizações.
O comércio irregular foi denunciado por um grupo de empresas, que estão em dia e arrecadam impostos corretamente para o Estado.
A Secretaria estuda realizar novas operações contra as irregularidades.
MaisPB
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025





