João Pessoa, 30 de julho de 2013 | --ºC / --ºC
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O trem acidentado em Santiago de Compostela saiu dos trilhos a 153 quilômetros por hora, segundo o tribunal que investiga o caso, que teve acesso aos dados das caixas-pretas.
O condutor, Francisco José Garzón Amo, de 52 anos, falava ao telefone com um funcionário da companhia e consultava um mapa no momento do acidente.
O trem ia a 192 km/h e ele freou bruscamente, em uma curva acentuada, até atingir os 153 km/h e bater, segundos depois.
No local do acidente, a velocidade máxima autorizada era de 80 km/h, segundo o Tribunal Superior de Justiça da Galícia.
O acidente, ocorrido em 24 de julho na chegada à cidade, provocou 79 mortes, duas delas de brasileiros.
Segundo os dados extraídos das caixas pretas, o maquinista Francisco José Garzón Amo, um experiente profissional de 52 anos, indiciado por homicídio por imprudência, parecia consultar o trajeto do trem.
"Pelo áudio armazenado nas caixas pretas, foi possível saber também que o maquinista estava falando por telefone com o pessoal da Renfe (companhia ferroviária espanhola), aparentemente com um controlador, no momento do acidente", explicou o tribunal.
"Pelo conteúdo da conversa e pelo ruído de fundo, parece que o maquinista consulta um mapa ou algum documento similar em papel", acrescentou a fonte.
Inúmeros jornais espanhóis afirmaram que o maquinista – que aparentemente conhecia bem o trajeto – teria declarado ao juiz que confundiu o trecho em que se encontrava.
"Acreditou estar em um trecho diferente do traçado e quando começou a reduzir a velocidade, era tarde demais para manter o controle da composição", afirmou o jornal "El País".
G1
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025





