João Pessoa, 18 de outubro de 2013 | --ºC / --ºC
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Articuladores políticos do governador de Pernambuco e provável candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB), disseram nesta quinta-feira que o embate do pernambucano contra o senador Aécio Neves (PSDB) por uma vaga no segundo turno nas eleições de 2014 deve crescer. A presidente Dilma Rousseff lidera pesquisas de intenção de voto.
"Trabalhamos com os dados de hoje e os dados de hoje indicam que a presidente está no segundo turno. Se ela está no segundo turno, quem é o nosso adversário? Contra quem eu preciso disputar? Contra o Aécio. É ele que eu preciso afastar e impedir o crescimento. Então, é ele que se torna o meu principal adversário", disse o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.
Segundo Amaral, o cenário anterior previa outra eleição polarizada entre PT e PSDB. Mas o vice avalia que a projeção mudou com a aliança entre Campos e a ex-ministra Marina Silva, recém-filiada ao PSB. "Antes estava mantida a polarização entre PT e oposição. Estavam os dois felicíssimos. A aliança que fizemos quebrou esse eixo."
Outros aliados de Campos que participam da cúpula do partido avaliam a disputa na pré-campanha de forma semelhante. "Não tenho dúvida de que o potencial de crescimento do Eduardo Campos preocupa os adversários. Especialmente porque ele é conhecido apenas por 25% dos brasileiros", declarou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). "Acho que o Aécio está mesmo preocupado conosco", afirmou o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS).
Votações – Em busca de se diferenciar como uma terceira via nas eleições de 2014, a aliança Campos e Marina planeja uma atuação conjunta no Congresso Nacional. O bloco servirá de laboratório para a ação da aliança nesta e na próxima legislaturas. A intenção é colocar a bancada do PSB, os apoiadores da Rede e outros aliados para chancelar propostas do Planalto que considerem positivas e se opor ao que não se encaixar no programa em construção.
A atuação conjunta se daria ainda em temas de grande repercussão, como o novo código de mineração, ao qual o grupo de Marina já propôs treze mudanças, e a proposta de emenda constitucional (PEC) 215, que delega ao Congresso a demarcação de terras indígenas. As linhas gerais dessa ação devem começar a ser delimitadas em seminário marcado para o dia 29, em São Paulo.
"Nós não serviremos como cúmplices ao perceber que determinada resistência da base é para extrair do governo cargos ou emendas. Vamos querer acordos de mérito nos projetos e não ajudaremos quem faz chantagem", disse o deputado Miro Teixeira (RJ), filiado ao PROS, mas aliado de Marina.
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