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Garoto é impedido de usar dreadlocks na escola

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publicado em 13/09/2018 ás 13h01
Foto: BBC

Um garoto de 12 anos que foi suspenso em uma escola em Londres por usar dreadlocks conseguiu o direito de usar o cabelo como quiser.

O britânico Chikayzea Flanders havia recebido uma ordem da escola Fulham Boys School para que cortasse o cabelo se não quisesse receber uma suspensão.

Sua mãe, Tuesday Flanders, entrou na Justiça contra a escola, argumentando que a exigência é um ataque à sua religião rastafari, cujos fieis tradicionalmente usam esse tipo de penteado.

A família e a escola agora chegaram a um acordo.

Chikayzea, que havia se mudado para outra escola, vai poder voltar desde que “seus dreadlocks sejam mantidos presos para que não toquem o topo de seu colarinho ou cobertos com um tecido de cor definida pela escola”.

“Como pais, nós confiamos nas escolas e nos professores para ajudar a moldar a vida das crianças através da educação”, disse a mãe do garoto. “Mas eles jamais deveriam restringir expressões da sua identidade ou de suas crenças religiosas.”

O diretor da escola, Alun Ebenezer, disse que a escola “tinha lidado com a reclamação (da mãe) através do procedimento de reclamações”.

Segundo ele, a política rígida de “aparência e uniforme” da escola continuaria valendo, pois “proteje o ethos (o modo de atuação)” da instituição.

“Cerca de 20% dos nossos alunos vêm de escolas privadas e convivem com 40% de alunos de classes menos favorecidas”, disse Ebenezer. “A nossa política de uniforme serve para que não haja diferenciação entre os alunos cujos pais ganham milhões de libras e o que vieram de famílias mais pobres.”

Um comitê de educação local recomendou que a escola reveja sua política de uniforme à luz da legislação do país.

David Isaac, diretor da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos, que ajudou a família com o processo contra a escola, disse estar feliz que a escola reconheceu “suas falhas nessa questão e concordou em revisar suas políticas”.

Após o acordo, a Justiça ordenou que a escola pague uma indenização à Chikayzea e sua mãe e cubra os gastos com o processo.

G1