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Homem perfurado por metal de 1,8m corre maratona

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publicado em 06/06/2018 ás 10h46

Um mineiro sul-americano que foi empalado em um acidente em 2015 se qualificou para correr uma ultramaratona no próximo domingo.

Daniel de Wet perdeu um rim e sofreu outros ferimentos internos quando uma barra de metal de 1,8 metro entrou em sua virilha e saiu pelas suas costas, logo abaixo dos ombros.

Daniel, de 37 anos, disse que ganhou “uma segunda chance” na vida e agora está ansioso para correr a prova de 89 quilômetros entre as cidades sul-africanas de Pietermaritzburg e Durban.

Antes do acidente, ele correu a prova seis vezes. “Estou muito otimista. E um pouco nervoso”, ele disse em entrevista à AP.

Daniel, que começou a treinar no ano passado, fez uma maratona mês passado em 4 horas e 50 minutos, abaixo da marca de 5 horas necessária para se qualificar para a ultramaratona.

Ele estabeleceu para si próprio a meta de correr a ultramaratona em 10 horas e 54 minutos, mesmo tempo que fez da primeira vez que correu a prova.

Ele disse que não quer “sobrecarregar seu único rim” e que vai ser cuidadoso e não vai beber água nem de mais, nem de menos durante a prova. Ele afirma que vai ter o apoio de um colega corredor e, também, da sua mulher e dos três filhos.

O acidente de Daniel ocorreu em janeiro de 2015. Supervisor de engenharia, ele escorrecou sobre a barra de metal em uma mina de ouro em Carletonville, perto de Johannesburgo. Ele se manteve consciente enquanto foi resgatado e trazido de volta à superfície para depois ser levado de helicóptero ao hospital. Cirurgiões retiraram a barra, e ele teve alta 19 dias depois.

A Comrades Marathon tem o objetivo, segundo seus criadores, de demonstrar “o poder do espírito humano”, dando a chance de pessoas com fibrose cística ou em cadeira de rodas de superar seus limites.

A tradição começou em 1921, com cerca de 30 participantes, em homenagem aos soldados sul-africanos que morreram na Primeira Guerra Mundial. Hoje, participam no máximo 30 mil corredores.

Corredores negros eram barrados até 1975, auge da política racista do apartheid no país.

Para Daniel, a corrida de domingo vai ser uma dádiva, qualquer que seja seu desempenho. “A gente dá a vida como garantida”, disse. “Mas daí você percebe que estar saudável é realmente uma coisa muito, mas muito importante.”

G1

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