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Julio de Vido, ministro durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner, foi indiciado nesta terça-feira (3) pelo crime de “negociações incompatíveis com a função pública” em um dos casos envolvendo a concessão de obras públicas para a construtora Odebrecht.
Segundo informaram à Agência Efe fontes jurídicas, o juiz federal Daniel Rafecas indiciou De Vido, que era ministro de Planejamento Federal, e o ex-secretário de Energia Daniel Cameron, entre outros, por suposto favorecimento à construtora Odebrecht na licitação de dois contratos para a ampliação de dois gasodutos na Argentina.
A obra, que está sob responsabilidade exclusiva da empresa brasileira e foi projetada para o período 2006-2008, alcançava à totalidade dos gasodutos que cruzam o país e esteve orçamentada inicialmente em mais de US$ 2,3 bilhões.
A investigação indica que os acusados realizaram ações para favorecer a empresa, que venceu a concessão da construção em contratos que deveriam ter sido negociados livremente pela Companhia Administradora do Mercado Atacadista Elétrico (Cammesa) e que, “por outro lado, foram estipulados sob o condicionamento estabelecido através de ações singulares e conjuntas dos funcionários do ministério”.
O magistrado abriu um processo penal contra De Vido – que foi o principal encarregado das áreas de obras públicas, energia e habitação na Argentina e que está em prisão preventiva por outros casos de corrupção – pelo crime de “negociações incompatíveis com a função pública”, que, segundo o código penal argentino, prevê penas de até seis anos de prisão e a inabilitação especial perpétua.
G1
MOBILIDADE - 24/10/2025