A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta sexta-feira (18), uma sessão especial em comemoração aos 30 anos do Programa de Aleitamento Materno da Paraíba. A deputada Estela Bezerra, autora da proposta, comentou que a comemoração fortalece um ato natural e de preservação à saúde da criança.

“Os 30 anos do Banco de Leite da Paraíba precisam ser celebrados, pois dentre outras coisas, é o vetor principal dos fortalecimentos dos melhores indicadores do nosso país e a mortalidade infantil é um indicador agregado de desenvolvimento”, explicou a deputada.

Os bancos de leite, de acordo com ela, surgiram para reduzir a mortalidade infantil e fortalecer o vínculo entre mães e filhos.

“O banco de leite é uma estratégia de enfrentamento da mortalidade infantil. O Brasil tinha altos indicadores  de mortalidade materna e baixa cobertura de amamentação. Muitas vezes as mães tinham bastante leite e outras não tinham ofertas de leite, por isso começou a idéia deste banco, que é um banco de solidariedade”, afirma.

Estela destacou que o Banco de Leite da Paraíba tem a rede mais estruturada do Nordeste, e a terceira maior do Brasil, o que resultou na redução de mortalidade infantil da região.

A diretora do Banco de Leite da Paraíba, Thaís Ribeiro, declarou que a homenagem é o reconhecimento do trabalho de incentivo ao ato. “Mesmo com todas as dificuldades e preconceitos com as mulheres, os bancos de leite da Paraíba se esforçaram para incentivar o aleitamento materno nas comunidades, nos locais de trabalho, com a população indígena e com a população carcerária feminina”, declarou.

A diretora acrescentou que, através do programa, os índices de aleitamento materno cresceram no estado. “Foram mais de 11 mil visitas domiciliares, através da Rota Domiciliar. Só no ano de 2016 foram mais de 11 mil casas visitadas e mais de 90 mil mulheres assistidas pelos equipamentos de bancos e coletas do estado”, pontuou.

Roseane Mendes é mãe da Paloma Daniele, de 9 meses e doadora do Programa . Ela classificou o ato de doar como nobre e ressaltou o privilégio de ajudar mães e crianças. “Fico maravilhada com esse simples ato de poder doar o leite. É muito bom ajudar crianças que estão com baixo peso, ou prematuras, e vê-las crescendo de forma saudáveis”, comentou.

Maria Cilene Gomes é uma das mães beneficiadas com a doação. Segundo ela, este ato de solidariedade foi importante para o filho André Luís, de 2 anos. “Ele nasceu praticamente sem vida e foi direto para UTI. Devido a esta tensão, não produzi o leite suficiente para ele. Graças a esse serviço de aleitamento materno na Maternidade Frei Damião, as mães podem ir até lá doarem seus excessos de leite, que foram de extrema importância para a vida dele”. André ficou 47 dias entubado , recebendo leite de outras mães.

A Sessão Especial contou também as seguintes presenças: a vereadora de João Pessoa, Sandra Marrocos; a coordenadora do Banco de Leite de Cajazeiras, Maria do Socorro Guedes; a gerente executiva de Atenção à Saúde, Patrícia de Melo; a diretora geral do Hospital de Belém, Ildevânia de Souza; a diretora geral do Hospital de Itapororoca, Thaís Mendes; a coordenadora da Maternidade Cândida Vargas, Daniele Maciel; o coordenador de Saúde da Pessoa com Deficiência, Hélio Soares; a diretora Geral do Hospital de Queimadas, Samara Farias; o diretor Geral do hospital de Serraria, Antônio Rocha; e a diretora geral do Hospital de Itabaiana, Gilvânia Alves.⁠⁠⁠⁠

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