João Pessoa, 11 de julho de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), suspendeu nesta terça-feira (11) a sessão aberta para analisar a reforma trabalhista após as senadoras oposicionistas Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI) ocuparem os lugares na mesa do plenário, onde fica a cadeira do presidente, e se recusarem a deixar o local. Nessa hora, o painel eletrônico marcava a presença de 49 dos 81 senadores no plenário. As parlamentares exigem aprovação de mudança na reforma trabalhista para encerrarem o protesto.
Elas sentaram à mesa do plenário assim que a sessão foi aberta,às 11h, quando Eunício ainda não estava no local.Contrárias à reforma trabalhista, as senadoras aproveitaram a primeira hora da sessão para passar a palavra para outros parlamentares que estão contra a proposta do governo.Pelas regras do Senado, qualquer senador pode abrir uma sessão, desde que haja quórum. Às 12h, quando Eunício chegou ao plenário, a senadora Fátima Bezerra, sentada no lugar, não quis sair.
Com a resistência da senadora, Eunício usou o microfone para avisar que cortaria o som se não pudesse se sentar. Após isto, ele suspendeu a sessão.A senadora Lídice da Mata deixou a cadeira que estava ocupando na mesa e foi para a parte do plenário onde ficam os outros parlamentares.As outras quatro se mantiveram nas cadeiras dos integrantes da Mesa Diretora. Mais tarde, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) uniu-se a elas.
Cerca de cinco minutos após Eunício ter determinado a suspensão, as luzes no plenário foram parcialmente apagadas. Fátima Bezerra transmitiu a situação do plenário ao vivo pelas redes sociais.Questionada sobre a situação, a assessoria de Eunício não disse de quem partiu a ordem para desligar as luzes. A oposição diz que a ordem veio do presidente da Casa.
Eunício chamou uma reunião no seu gabinete para tratar da continuidade da sessão e após quase 4 horas, as luzes foram religadas, mas as senadoras permanecem na Mesa Diretora. As senadoras continuam com o protesto ocupando o lugar do presidente do senado.
G1
DISPUTA - 17/09/2025