João Pessoa, 18 de setembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Criar o hábito de se perguntar: “Isso me aproxima ou me afasta do futuro que eu quero?” é mais do que uma simples reflexão. É um ato de coragem. Porque não se trata apenas de escolhas cotidianas, mas de confrontar os próprios desvios, as distrações que se disfarçam de aconchego e as promessas vazias que consomem tempo e energia.
Na pressa do dia, é fácil esquecer o que se deseja lá adiante. Um futuro não é apenas um amanhã distante, com cada palavra dita, cada passo dado, cada silêncio escolhido.
Quantas vezes insistimos em manter perto o que já não cabe? Pessoas, hábitos, trabalhos, situações. Tudo isso pode se travestir de necessidade, quando, na verdade, é só peso. E peso não ajuda a voar.
Perguntar-se é despir-se de ilusões. É reconhecer que o que não soma, subtrai. O que não ergue, derruba. O que não alimenta, enfraquece. Não há neutralidade: cada decisão ou nos aproxima ou nos distancia.
E quando a resposta for “não”, é preciso cortar sem culpa. Essa talvez seja a parte mais difícil: aprender a liberar sem remorso, sem inventar desculpas para segurar o que já se foi em essência.
Cortar não é falta de amor, é amor próprio. É respeitar a vida que pulsa em nós e o destino que insiste em chamar.
O foco é sagrado. Não se trata de rigidez, mas de clareza. É como proteger uma chama contra o vento: se não houver cuidado, o fogo se apaga.
E se o fogo se apaga, apaga-se também a força de caminhar.
Cada gesto consciente é como um tijolo na estrada que nos conduz ao futuro sonhado.
Quem se permite viver assim aprende que não é preciso correr: basta caminhar firme.
O futuro não é feito de sorte. É feito de escolhas. É o ponto dentro do circulo.
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DISPUTA - 17/09/2025