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50 ANOS DO GOLPE

Dilma diz que dia de hoje exige que “nos lembremos do que aconteceu”

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publicado em 31/03/2014 às 13h52

 A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (31), em cerimônia no Palácio do Planalto, que "o dia de hoje exige que nos lembremos e contemos o que aconteceu", em referência aos 50 anos do golpe militar de 1964.

Dilma lembrou que 50 anos atrás o Brasil "deixou de ser um país de instituições ativas, independentes e democráticas e que por 21 anos nossa liberdade e nossos sonhos foram calados, mas que graças ao esforço de todas as lideranças do passado, dos que vivem e dos que morreram, foi possível ultrapassar os 21 anos de ditadura".

A presidente Dilma Rousseff integrou os quadros da organização Colina (Comando de Libertação Nacional), grupo que lutou contra a ditadura e que tinha aparelhos (esconderijos) em Belo Horizonte. Segundo seus colegas da época, Dilma era "disciplinada e dedicada", e não chegou a pegar em armas. Ela chegou a ser presa e torturada durante o regime militar.

Veja abaixo o que a presidente disse sobre a efeméride:

"O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos isso a todos que morreram e desapareceram, aos torturados e perseguidos, a suas famílias, a todos os brasileiros. Lembrar e contar faz parte de um processo muito humano, desse processo que iniciamos com as lutas do povo brasileiro, pela anistia, Constituinte, eleições diretas, crescimento com inclusão social, Comissão Nacional da Verdade, todos os processos de manifestação e democracia que temos vivido ao longo das últimas décadas. Um processo que foi construído passo a passo, durante cada um dos governos eleitos depois da ditadura.

A grande [escritora] Hanna Arendt escreveu que toda dor humana pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história. As cicatrizes podem ser suportadas e superadas, porque hoje temos uma democracia, podemos contar nossa história. Nesse Palácio, dois anos atrás, quando instalamos a Comissão Nacional da Verdade, eu disse que se existem filhos sem pais, pais sem túmulos, nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E o que dará voz à história são os homens e mulheres livres sem medo escrevê-la. Quem dá voz à história somos nós".

Exames de rotina
A declaração de Dilma foi feita em cerimônia no Planalto para assinatura do contrato para construção da ponte sobre o rio Guaíba, no Rio Grande do Sul.

A declaração foi dada após Dilma passar, na manhã dessa segunda-feira (31), por exames de rotina, segundo a Presidência da República, no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. A assessoria do Planalto não deu mais informações sobre os exames nem sobre a saúde da presidente. 

UOL 

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