Yücel foi detido como parte de uma investigação sobre a invasão cibernética da conta de e-mail do ministro de Energia, Berat Albayrak, genro do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que foi atribuído ao grupo clandestino RedHack, uma notícia que o jornalista tinha apurado para o veículo em que trabalha.

A investigação começou em 25 de dezembro, com a detenção de seis jornalistas turcos, dos quais três foram sentenciados à prisão preventiva, sob a acusação de serem membros dos grupos armados marxistas DHKP-C e MLKP, da guerrilha curda PKK e da confraria islamita do clérigo Fethullah Gülen, e de fazer propaganda em favor destes grupos.

Yücel se entregou à polícia e está detido há dois dias, mas ainda não se apresentou em um tribunal que deve decidir se vai decretar sua liberdade provisória ou prisão preventiva.

Em 2015, Yücel, um jornalista popular na Alemanha, onde esteve envolvido em várias polêmicas nos últimos anos, já tinha sido detido por algumas horas após uma entrevista coletiva ministerial no sul da Turquia.

Aproximadamente 150 jornalistas turcos estão atualmente na prisão, seja de forma preventiva ou cumprindo sentença, segundo as plataformas turcas de defesa dos repórteres.