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ONG denuncia que 140 pessoas morreram em protestos na Etiópia

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publicado em 08/01/2016 ás 10h59
atualizado em 08/01/2016 ás 11h00
Protesters, whom are mainly Israeli Jews of Ethiopian origin, stand next to a garbage bin they set on fire at Rabin Square during a demonstration against what they say is police racism and brutality, after the emergence last week of a video clip that showed policemen shoving and punching a black soldier at a protest in Tel Aviv May 3, 2015. Israeli mounted police charged hundreds of ethnic Ethiopian citizens and fired stun grenades on Saturday to try to clear one of the most violent protests in memory in the heart of Tel Aviv. REUTERS/Baz Ratner

A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou que pelo menos 140 pessoas morreram pela violenta repressão das forças de segurança etíopes aos protestos estudantis contra um plano urbanístico para expandir Adis-Abeba, que acontecem nas últimas semanas na região de Oromia, na região metropolitana da capital da Etiópia.

A organização alertou que vários ativistas locais elevaram o número de mortos pela terceira vez, na que pode ser “a maior crise na Etiópia desde a violência eleitoral de 2005”, alertou, no final da noite de quinta-feira, o investigador da HRW no Chifre da África, Felix Horne.

Os protestos começaram em dezembro, após a aprovação de um plano urbanístico para expandir Adis-Abeba, o que poderia pôr em perigo as terras de cultivo dos oromo, povo tradicionalmente agrícola e seminômade.

O governo de Hailemariam Desalegn disse recentemente que os manifestantes tinham uma “conexão direta” com grupos terroristas estrangeiros, em alusão à Frente de Libertação Oromo (OLF), um movimento separatista que há décadas luta pela independência de Oromia.

O vice-presidente do Congresso Federalista Oromo (OFC), o partido legal mais importante da região, Bekele Gerba, está desaparecido desde 23 de dezembro, quando foi detido pela polícia.

O governo etíope detém periodicamente a intelectuais e figuras proeminentes entre os oromo, por temer que sua influência política possa encorajar a população a se rebelar contra a administração.

Os protestos dos estudantes começaram em Ginchi, uma pequena cidade a 80 quilômetros ao sudoeste da capital de Adis-Abeba, quando as autoridades começaram a trabalhar no desmatamento de uma floresta onde está planejado o projeto de construção.

Os protestos se estenderam rapidamente por toda a região de Oromia, lugar de origem de 35 milhões de oromo, o maior grupo étnico do país.

Cerca de dois milhões de pessoas vivem na área afetada pelo plano urbanístico de expansão da capital e muitos manifestantes temem que esse projeto poderia deslocar agricultores e habitantes oromo que vivem perto de Adis-Abeba.

Protestos semelhantes aconteceram em abril de 2014, quando também houve mortes, feridos e detenções maciças de manifestantes.

A lei Antiterrorista etíope permite que as autoridades usem a força de modo ilimitado contra os suspeitos de atos terroristas, incluindo a prisão preventiva por até quatro meses, em que frequentemente há torturas, segundo ativistas.

Terra

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