João Pessoa, 20 de outubro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
pagou fiança

Mulher que atropelou e matou dois responderá em liberdade em SP

Comentários: 0
publicado em 20/10/2015 às 11h22

A motorista Juliana Cristina da Silva, de 28 anos, responsável pelo atropelamento de dois funcionários que pintavam uma ciclofaixa na madrugada deste domingo (18), em São Paulo, responderá ao processo em liberdade.

A decisão é do juiz Paulo de Abreu Lorenzino, do Departamento de Inquéritos Policiais, e foi tomada em audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (19), no Fórum da Barra Funda, na capital paulista.

Para responder ao processo em liberdade, Juliana terá de pagar uma fiança de 20 salários mínimos – pouco mais de R$ 15 mil – e comparecer ao fórum a cada dois meses. Além disso, ela entregará a carteira de habilitação e deverá comunicar à Justiça caso fique ausente da cidade por mais de 30 dias.

Juliana passará a noite desta segunda-feira na carceragem do 89º Distrito Policial e, com o pagamento da fiança, sairá nesta terça-feira (20).

O G1 não conseguiu localizar os advogados da jovem. O SPTV conversou com os parentes de Juliana. Eles não quiseram gravar entrevista e disseram que a mãe dela chora o tempo todo. Para eles, o acidente foi uma fatalidade.

Embriaguez
Na ocasião do acidente, Juliana foi submetida ao exame de etilometria pela polícia e apresentou resultado de 0,85 miligrama por litro de ar – quase três vezes o limite para se configurar o crime de embriaguez ao volante, que é de 0,34 mg/l.

Nesta segunda-feira, a Justiça chegou a decretar a prisão preventiva da motorista, mas ainda aguardava a audiência de custódia para determinação de onde ela aguardaria o julgamento.

Segundo a Globonews, Juliana perguntou a um carcereiro se o caso tinha dado muita repercussão e se continuaria presa. Diante das respostas afirmativas, começou a chorar.

Crimes

Juliana foi autuada em flagrante por homicídio culposo, lesão corporal e fuga sem prestar socorro.

Após a confirmação da morte da segunda vítima, houve a comunicação de óbito e um novo boletim de ocorrência foi registrado.

Caio Gois trabalha em um bar em frente ao local do atropelamento e viu tudo o que aconteceu. “Foi bem complicado, foi uma cena bem chocante. Foi assustador na realidade, né?”, disse.

Os dois operários eram funcionários de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a CET. Ambos eram do Piauí.

Vítimas
Raimundo Barbosa dos Santos, de 38 anos, chegou a São Paulo há 19 anos em busca de uma vida melhor. Ele vivia na Brasilândia, na Zona Norte, com a mulher e quatro filhos.

“Tudo de um pai bom, maravilhoso, ele é. E foi acontecer essa tragédia hoje de madrugada, com essa bêbada. Acabou com a minha vida e com os meus filhos”, disse a viúva de Raimundo, Sila Cavalcante de Souza.

José Airton morava em Francisco Morato, na Grande São Paulo, e tinha dois filhos. Um vizinho do operário mostrou indignação com a morte. “Eu quero que esta pessoa seja punida no rigor da lei para isso não voltar a acontecer com outros pais de famílias”, disse Carlos Eduardo Cajaraville.

Motorista que matou 2 em ciclofaixa bebeu acima do limite permitido (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Motorista que matou 2 em ciclofaixa bebeu acima do limite permitido (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Acidente
O acidente aconteceu na madrugada de domingo (18). José Airton e Raimuno Barbosa pintavam uma ciclofaixa em Santana, na Zona Norte, quando foram atropelados.

José morreu na hora, e Raimundo chegou a ser socorrido à Santa Casa, mas também não resistiu aos ferimentos.

A motorista fugiu do local, mas foi parada por testemunhas depois de percorrer cerca de 3 km. A Polícia Militar foi acionada, e ela acabou levada ao 73º DP (Jaçanã).

Os atropelamentos aconteceram por volta de 1h30, na Avenida Luiz Dumont Villares. Duas faixas foram interditadas até por volta das 4h30, quando houve a liberação por parte da perícia.

Leia Também

MaisTV

Último dia para regularizar título de eleitor registra longas filas em João Pessoa

ELEIÇÕES 2024 - 08/05/2024

Opinião

Paraíba

Brasil

Fama

mais lidas