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Após ‘blindar’ informações, secretário de Haddad é exonerado

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publicado em 20/10/2015 às 11h00
atualizado em 20/10/2015 às 08h02

O secretário de Segurança Urbana do município de São Paulo, Ítalo Miranda Junior, foi exonerado do seu cargo pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A demissão foi formalizada no “Diário Oficial do Município” desta terça- feira (20). O secretário-adjunto da pasta, o advogado Claudio Schefer Jimenez, e o chefe de gabinete Fabiano Marques de Paula também foram exonerados.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo disse que não vai se manifestar sobre a exonerações.

O novo secretário empossado é Benedito Domingos Mariano. Ex-ouvidor da Polícia de São Paulo, Marino estava atuando como coordenador do Programa “Braços Abertos” na Cracolândia, na região da Luz, Centro da capital paulista.

A exoneração do secretário ocorreu após a pasta que comandava ter sido colocada em evidência na última semana.

O secretário municipal de Segurança Urbana, Ítalo Miranda Junior, deixou dados sobre a GCM que incluem as imagens das câmeras de segurança que monitoram as ruas da cidade e informações da central de atendimento 153 como “reservados”. Ou seja, as informações solicitadas ficariam em sigilos por um período de 5 anos.

Após ter conhecimento da determinação do secretário, Haddad disse que a portaria seria reescrita, já que foi redigida com falhas e que o sigilo só irá ocorrer quando tiver alguma investigação da polícia em andamento, para não prejudicar o andamento do caso.

Outro escândalo da secretário ocorreu após a Controladoria Geral do Município pedir a exoneração da jornalista Patrícia de Morais Vieira depois de receber denúncias de que ela nunca havia comparecido ao trabalho. Ela foi contratada para exercer a função de assessora de imprensa da secretaria.

A Controladoria Geral do Município orientou o secretário a pedir a demissão da servidora Patrícia por ausência ao trabalho e solicitou a instauração de procedimento administrativo para apurar eventuais valores pagos e requerer sua devolução.

Outro caso envolvendo a secretaria foi divulgado pelo SPTV. O escritório de advocacia do qual o secretário-adjunto da pasta, Claudio Schefer Jimenez, é sócio comanda uma ação de indenização contra a Prefeitura, que pode custar R$ 500 mil aos cofres públicos. Ele disse que não sabia do processo e que o responsável pela ação é um advogado que já foi desligado do escritório.

Indenização
O processo é um pedido de indenização contra Prefeitura de São paulo foi feito pelo estudante Caíque Pereira dos Santos. Ele levou um tiro no dia 26 de junho de 2012, quando ficou no meio de uma perseguição de guardas-civis a criminosos na Zona Sul da capital paulista.

O caso aconteceu no Jardim São Luiz. Dois homens em fuga num carro roubado bateram. Caíque e um amigo estavam empinando pipa. Os guardas dizem que atiraram para revidar tiros disparados pelos criminosos. Moradores que viram a ação se dividem sobre o que aconteceu. Alguns confirmam a versão dos GCMs, outros afirmam que os suspeitos fugiram sem atirar.

A Justiça determinou o arquivamento do processo em 2013. mas, em agosto deste ano, o advogado que representa Caíque entrou com uma ação de indenização contra a Prefeitura. O pedido é de R$ 500 mil. No documento, o advogado diz que os guardas agiram de forma “imperita e imprudente” e que “não compete à Guarda Civil Metropolitana o papel de policiamento ostensivo”.

Um dos sócios do escritório que aparece na ação é Claudio Schefer, secretário-adjunto de Segurança Urbana, que chefia a GCM. Caíque disse que, logo depois do crime, quando Schefer ainda não trabalhava na Prefeitura, foi com o advogado até a delegacia. E que hoje em dia troca mensagens com a mulher de Schefer, que é sócia do escritório.

Schefer, está licenciado da advocacia desde que assumiu o cargo em abril. Ele disse que não sabia do processo e que o único responsável é o advogado Flávio Roberto de Campos, que trabalha no escritório e assina a ação. “Quem entrou foi ele, por iniciativa dele, exclusivamente dele. ele que vai ter que responder isso. ou civil ou criminalmente, vamos ter q fazer um estudo, porque o prejuízo que ele causa ao escritório é muito grande”, afirmou Schefer.

O secretário exonerado disse, na ocasião, que o advogado já renunciou ao caso e que foi desligado do escritório. Já o advogado Flávio Campos afirmou que incluiu o nome do escritório na ação “por um lapso”, e que é o único responsável pelo processo.

G1

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